quinta-feira, 26 de abril de 2018

VOO 3509 – 41º. ENCONTRO DE ESPECIALISTAS DA BA-12






Deverão confirmar por email ou telefone para um dos elementos destacados, especialmente para sabermos quantos querem ir de autocarro e quantos acompanhantes.




INSCRIÇÕES ATÉ AO DIA  - 15 DE MAIO,

E PARA ISTO FALTAM 16 DIAS



  • João M M Lopes – Tlm. 968 844 181

  • Ferreira de Castro (Menino) – Tlm. 963 167 664 – sslvtsintap@hotmail.com

  • Manuel Lanceiro – Tlm. 93 848 13 00 - mjlanceiro@gmail.com

  • Mário Aguiar – Telm. 91 945 30 07 – mariopedrosantos@gmail.com







quinta-feira, 19 de abril de 2018

VOO 3508 – PARABÉNS AO NOSSO COMANDANTE VICTOR BARATA






Victor Barata
Melec/Inst./Av.
Vouzela







Hoje é dia de festa, o nosso comandante Victor Barata, completa mais um aniversário, pelo que a Tertúlia de Especialistas da BA-12 te envia os devidoa parabéns, com o desejo de que este dia se repita por muitos e bons anos, felizes, na companhia de todos os que são queridos.







quarta-feira, 11 de abril de 2018

Voo 3507 FORÇA AÉREA DISTINGUIDA PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE



A Força Aérea foi distinguida pelo Ministério da Saúde com a Medalha de Serviços Distintos, Grau Ouro, numa cerimónia realizada no dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

A medalha, atribuída por proposta do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, destina-se a galardoar as pessoas e as entidades que tenham prestado serviços relevantes à Saúde Pública ou que se distingam pela sua atividade no setor da saúde.

Recorde-se que, em 2017, a Força Aérea realizou 33 missões de transporte de órgãos e transportou mais de 590 doentes, a maioria nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.


sexta-feira, 6 de abril de 2018

Voo 3506 FOMOS JOVENS ÍNDIOS.








Francisco Serrano
Esp.MMA
Caparica







Tribo-(do latim tribu)cada uma das divisões de um povo , de uma família.
"OS ÍNDIOS "
Na verdade foi isso que nós fomos e continuamos a ser uma parte desta grande e gloriosa família que é a FORÇA AÉREA PORTUGUESA, de que nos orgulhamos de ter servido.
Fomos jovens ÍNDIOS, não fizemos pacto de sangue, mas ficámos ligados por fortes laços de amizade como irmãos para toda a vida.
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Até sempre Zingarelho companheiro de tantos momentos e aventuras ! Foste o cavalo alado de uma tribo de Índios a que tive a honra de pertencer, uma tribo de homens com valores e defeitos, solidários ,amigos, que na sua juventude foram combatentes, que tiveram coragem mas também medo, marcados por uma guerra que hoje á distância de cinco décadas, nos questionamos dos porquês, das razões de tantas vidas ceifadas nos melhores anos da juventude.
Tantas recordações ! Que desejo de estar sempre junto dos meus companheiros e camaradas de armas ! Por vezes corre uma lágrima de saudade ao lembrar os que tombaram em combate e os que já partiram para o seu voo eterno.
O pensamento é livre e voa como o vento ! Hoje quantas noites antes de adormecer deixo-me levar com o vento, e monto o meu cavalo alado, o meu Zingarelho, e voo alto, parto para longe, para os céus de África de Moçambique, e cavalgo por entre as nuvens onde nada mais existe senão a minha máquina voadora envolta naquela brancura intensa de quase ferir os olhos.
Estamos em tempo de paz, sem receio de ser mais abatido por fogo inimigo, terminaram as situações de combate e sobressalto tentando resgatar do mato ou da picada outros jovens, outros homens feridos sem pernas nem braços, estropiados, mortos, ás vezes em pedaços embrulhados em camuflados para serem evacuados.
Todo esse martírio acabou ! E agora em segurança saio das nuvens até ter visibilidade, e desfruto do prazer que é voar sobre aquela África encantadora e enfeitiçante.
Brinco com o meu Zingarelho fazendo -o subir, descer, rodopiar, razar vertiginosamente as copas das árvores tocando mesmo na sua rama.
Sobrevoo aquelas praias, aqueles extensos areais a perder de vista, cavalgo a baixa altitude sobre manadas de animais selvagens, aprecio a elegância da sua correria espantados com o relinchar do meu cavalo alado, do meu pássaro de ferro.
Voo sobre o rio Zambeze a partir da sua foz , delicio-me com a sua beleza a sua fáuna, tanto no seu leito como em seu redor, voo por entre desfiladeiros que o limitam nas suas margens, e o encaminham para o mar transportando um caudal de vida e beleza.
Que sensação estar voando novamente de Vila Cabral para Metangula maravilhando-me com o verde da floresta, os seus montes as suas planícies, e já próximo do Lago do Niassa fico deslumbrado com as suas águas límpidas e transparentes, e com a sua imensidão, fazendo-nos pensar que estamos chegando ao mar.
Como é bom sobrevoar a baía de Nacala , a baía do Lúrio, a Ilha de Moçambique lindo de se ver, vôo nos céus de Nampula, pouso com o meu pássaro de ferro em cada um daqueles montes característicos que rodeiam aquele espaço.
E já em fim de dia aprecio do ar e deixo-me enfeitiçar pelo pôr do Sol de África uma magia de luz e cor, verdadeira maravilha da Natureza.
Perante esta visão de sonho adormeço ! E por vezes os pesadelos acontecem trazendo momentos reais vividos naqueles dois anos de guerra.
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Estou em Muéda sobrevoando o planalto dos Macondes sobre a tenebrosa zona dos páus, o coração bate mais forte, os olhos tentam descortinar cabanas escondidas sob as árvores, os ouvidos apuram para ouvir tiros ou rajadas tentando alvejar-nos, e o voo prossegue.
Mas no regresso da missão em voo razante por cima da picada após descolagem do Litinguinhas; somos emboscados , e como um relâmpago dos dois lados saem disparos de rockets e rajadas de kalashnikov numa arrepiante saraivada de fogo , catorze tiros acertam no Heli perfurando a fuselagem.
O camarada piloto Furriel Cardoso (NIPON) grita-me : Serrano vê as minhas pernas, alguma coisa me bateu , devo ter sido atingido.
De imediato certifico-me e respondo: continua não foste ferido, tudo ok.
Sob uma tensão enorme entramos num voo de loucos, rapando a copa das árvores voando mesmo por baixo delas fugindo ao fogo inimigo tentando encontrar abrigo onde tínhamos descolado.
E em emergência aterramos de novo no Litinguinhas, saímos do Heli, e com o barulho ensurdecedor do fogo de morteiros disparados pela nossa tropa, acordo em sobressalto cheio de suores frios.
Mais uma noite de pesadelo, mais um regresso ao passado que marcou para sempre as nossas vidas. No melhor que foi a convivência a camaradagem o companheirismo entre homens, entre irmãos, no pior que é a guerra onde se combate e se morre de ambos os lados, quando a paz a amizade e a vida são o bem maior dos homens e da Humanidade.
Até sempre Zingarelho !
Até amanhã companheiros e camaradas de armas !
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