quarta-feira, 29 de julho de 2015

Voo 3388 BASTANTE SENSIBILIZADO,FERNANDO MOUTINHO.





Fabricio Marcelino
Esp.MMA
Leiria





Fiquei muito sensibilizado ao ler o VOO 3387 do nosso querido amigo Cap.Pil.Av.Fernando Moutinho.
Obrigado caríssimo amigo Moutinho,pois sabes bem, que também eu tenho por ti uma estima e, amizade de muitos anos.
Sem dúvida que nós, os Especialistas, estávamos sempre disponíveis para todas as missões,bem como os pilotos.
Não importava a que horas era e, o tempo que levava.
A nossa prontidão,em todos os postos,mas em especial na linha da frente, era sincronizada com a dos pilotos e, quando estes chegavam ao avião,já tudo estava a postos,prontos para a inspecção de 360º e ir voar.
Também tinham a certeza, que nós os Especialistas éramos muito competentes e, profissionais,dando garantia para poderem voar sem problemas,exceptuando algo de anormal, que repentinamente aparecesse.
A nossa amizade era mútua e,embora com diferença de postos militares,havia uma ligação amiga entre nós.
Éramos como que uma única família,onde cada um cumpria a sua missão e,caso algo houvesse de anormal,ninguém levava a mal as atitudes tomadas,desde que dentro da razão.
Entre as muitas coisas que posso contar e,muitas já em tempos aqui contei,lembro-me de um grande exemplo.
Era Comandante da B.A.5, o grande Comandante, à época Cor.Pil.Av.Barbeitos de Sousa.
Embora fosse comandante da Base, andava nos altos estudos militares em Lisboa.O comando da Base era assumido pelo 2º.Comandante e,ele vinha apenas para fazer horas de voo.
Num determinado dia, saiu na ordem de serviço, que os F86F passavam a ser recebidos, a partir dessa data, a 2m para dentro da volta do avião.
No dia seguinte, veio voar no meu avião, o referido Comandante Cor. Barbeitos de Sousa e, quando o estava a receber, depois da aterragem,este veio direito a mim com o avião, sem que eu lhe fizesse sinal para tal,ou seja, eu mantinham-me de braços abertos.
Fiz-lhe sinal para dar uma volta à placa de estacionamento dos aviões.
Veio de novo e, repetiu o mesmo,ao que eu lhe  fiz sinal para nova volta.
Na seguinte,acatou os meus sinais e, logo que estacionou, chamou-me para saber o porquê daquela situação.
Expliquei-lhe o porquê e,ele embora fosse o Comandante,pediu-me desculpa, porque desconhecia a alteração.
Este, é um exemplo de boa colaboração e, de que, cada um cumpria escrupulosamente a sua missão, com rigor e sem recriminações.
Um grande abraço a todos os colegas,e um muito especial ao nosso caro amigo, Fernando Moutinho.


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