domingo, 31 de maio de 2015

VOO 3364 – 38º. ENCONTRO DE ESPECIALISTAS DA BA-12






Mário Aguiar
Metralha

V. N. de Gaia



Boas companheiros

Depois de mais um encontro dos especialistas da BA-12, que teve lugar em Leiria, sobre o comando do Fabrício Marcelino, é hora de partilhar imagens do que fui vendo neste nosso encontro.

Temos a lamentar o acidente viário do nosso companheiro José Vieira, e da sua esposa, que tiveram que receber tratamento hospitalar.

Ao que julgamos saber estão livres de perigo, mas as suas colunas sofreram alguns estragos.
Melhoras companheiros.

Agora as filmagens
Do Porto para Leiria e a respectiva chagada.



A visita ao museu


A visita ao castelo



A chegada para o repasto e primeiros ataques depois dos posicionamentos estratégicos



Continuação do convívio e os finalmente e marcação do próximo encontro para o Ribatejo.






Um abraço a todos e as melhoras para o casal Vieira.


quinta-feira, 28 de maio de 2015

Voo 3363 O MEU TESTEMUNHO.





Nuno Almeida (Poeta)
Esp.MMA
Lisboa





Aquando da feitura deste livro, foi solicitado, pela Enfª Rosa Serra, que quem com elas tivesse privado nas suas andanças por África, dessem os seus testemunhos, para serem inseridos no livro. Tal não foi concretizado, mas aqui deixo o meu testemunho que em tempo devido enviei à Srª Enfª Rosa Serra:

Queridas companheiras de tempos de dor mas também de alegrias, relato dois episódios que me marcaram muito e que foram vividos com a presença de uma de vós.
A 1ª foi quando da minha primeira saída para uma evacuação.
Aterrámos, saltei com a maca na mão e de imediato me colocaram nela um homem com o ventre todo aberto e a esvair-se em sangue. Colocado no heli a enfermeira começa de imediato a procurar-lhe veias e a injectá-lo, tentando aliviar-lhe as dores e mantê-lo vivo até ao Hospital. Eu via tudo aquilo desenrolar-se perante os meus olhos incrédulos para tanto horror e estupefacção perante a calma, aparentemente serena, com que ela acertava nas veias, apesar da vibração do heli e das convulsões que o ferido exibia.
A determinado momento, o ferido com um rosto que nunca esquecerei, pálido, olhos semicerrados e revirados para cima, aperta na mão uma medalha, que trazia pendurada num fio ao pescoço, com uma foto esmaltada de uma mulher e uma criança, e beija-a dizendo: “ adeus minhas queridas que nunca mais vos vejo”.
Impotente perante a situação curvo-me e toco-lhe no peito dizendo-lhe: “não digas isso que estamos mesmo a chegar ao hospital”. Ele põe a medalha na boca, morde-a e, com as duas mãos agarra-me no pulso, revira os olhos e tomba a cabeça para o lado.
Os últimos minutos, até aterrar no hospital, foram feitos com aquelas mãos fortemente cerradas no meu pulso, eu chorando compulsivamente, e a enfermeira dando conta que todo o seu esforço e luta para roubar aquele homem das garras da morte tinham sido em vão.
Apesar do desfecho infeliz, que certamente a não deixou dormir tranquila naquela noite, tal como a mim, nos dias seguintes lá estava ela a lutar novamente, com toda a sua determinação, para que uma vida fosse salva e fizesse valer a pena todo o esforço e determinação empreendidos.
A 2ª foi numa operação com comandos africanos em Teixeira Pinto.
Transportámos as tropas até uma área determinada no mato e regressámos ao aquartelamento aguardando ordens para mais tarde, após o seu confronto com o inimigo, recolher os elementos transportados.
Estávamos a meio da operação quando recebemos ordens para levantar voo e evacuar um nosso elemento que estaria ferido.
Dirigimo-nos ao local e ao aterrar, quando me preparo para saltar com a maca, vejo um comando africano, alto e esguio no seu camuflado, dirigir-se, pelo seu próprio pé, ao heli, com a sua arma numa mão e um saco de pano na outra, e com aspecto de estar em transe hipnótico.
Abro a porta do heli e desço para o terreno para lhe abrir a porta lateral traseira, mas ele entra e senta-se no meu lugar, com um ar muito hipnótico e a transpirar desalmadamente, e coloca o saco de pano, tipo daqueles de ir ao pão, com atilho na boca do saco, entre a cadeira onde se sentou e a da enfermeira.
Eu, privado do meu assento, entro para a parte de trás e sento-me nos bancos traseiros, frente à enfermeira.
Durante o voo, ela começa a fazer-me sinal que sente um cheiro forte vindo saco e interroga-me, por gestos, se sei o que será. Faço-lhe sinal que não, e ela olha para o comando que continua em estado de transe com o olhar muito distante, mas sem qualquer ferimento aparente.
Passam-se uns minutos e novamente a enfermeira me faz sinal do mau cheiro que vem do saco, e tenta com dois dedos alargar o atilho do saco, sem que o comando se aperceba. Após insistir mais um pouco logra alargar suficientemente a boca do saco e dissimuladamente curva a cabeça para espreitar o seu interior.
Subitamente ouço um grito abafado da parte dela e vejo o seu ar aterrorizado, o que me faz olhar rapidamente para o saco.
A cena é macabra, dentro do saco está a cabeça do inimigo que o comando tinha morto e que, devido à sua religião, a tinha degolado para que o espírito desse homem não o perseguisse no futuro ( ouvi essa explicação já após o entregarmos na enfermaria com febres altíssimas ).
Foi um susto que nos apanhou de surpresa e que não esqueci tão cedo. Para a enfermeira não deve ter sido fácil deparar-se com aquela cena, ainda mais que tinha os dedos a milímetros da cabeça decepada.
Espero que estes dois episódios sirvam para que melhor se compreenda o valor e a coragem das mulheres que tanto fizeram para minimizar o sofrimento de quem na guerra lutou.
Com a minha sincera e estimada consideração
Nuno Almeida “poeta”

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Voo 3362 ELEITO A DIRECÇÃO DO NÚCLEO DE COIMBRA DA AEFA.




Augusto Ferreira
2ºSargºMelec./Inst,/Av.
Coimbra




O Núcleo de Coimbra da AEFA já tem direcção.
No passado dia 23 de Maio nas instalações do Aeródromo Bissaya Barreto em Cernache –COIMBRA, os associados deste Núcleo foram a votos, para elegerem a nova Direcção passados três anos sem órgãos directivos.
As razões para ausência de Direcção, são sobejamente conhecidas e foi com o impulso da nova Direcção da AEFA nacional, que através de algumas reuniões com sócios e a disponibilização dos sócios, que formaram a única lista concorrente ao lugar, foi possível levar a cabo estas tão desejadas eleições. 
Após escrutínio a nova Direcção ficou composta do seguinte modo:

LISTA A

Presidente: JOSÉ NUNES ANDRADE Sócio nº 1371
Tesoureiro. MANUEL NEVES MIRANDA Sócio nº 903
Secretário: JOVINO AUGUSTO LOURENÇO CHÃO Sócio nº 2921

A nova Direcção logo após a tomada de posse, apresentou o seu Programa de Acção para o ano em curso.
Não ficou tudo resolvido, ficando ainda temas para resolução futura, a que a Direcção Nacional através do seu Presidente da Assembleia Geral se predispôs a abordar e discutir.
O Presidente da Direcção Nacional Paulo Castro, louvou o empenho colocado pelo Vice-Presidente Felizardo Bandeira, na mediação deste problema e o nosso companheiro Manuel Pais, louvou também o trabalho e envolvimento de alguns sócios, que num passado recente lutaram e defenderam, por aquilo que sempre julgaram ser o melhor para a AEFA.
Depois de encerrada a Assembleia, fomos convidados pelo nosso anfitrião e companheiro Costa Ramos, para um lanche que nos ofereceu.









Saímos mais animados, por se ter de novo activado este Núcleo de Coimbra, tão importante no contexto da nossa AEFA.
ESPECIALISTAS SEMPRE.

Voo 3361 ELEIÇÕES NÚCLEO COIMBRA AEFA 23.5.2015






Manuel Pais
Esp.EABT
V.N.Gaia



Dando seguimento á Convocatória, decorreu nas instalações do Aeródromo Bissaia Barreto, a Assembleia Eleitoral  para escolher os Órgãos Dirigentes do Núcleo de Coimbra.
No final a lista concorrente foi a vencedora, estando por isso os associados de Coimbra de parabéns.
Aos Dirigentes Eleitos desejamos as maiores felicidades no desempenho dos cargos para que foram eleitos. Seguiu-se um lanche convívio, onde se reforçou uma vez mais a Amizade.
Para que mais tarde se possa recordar, anexo algumas fotos





Um forte abraço  a todos.


Manuel Pais

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Voo 3360 AS OBRAS DE ARTE DO SIX (48) FOKKER F 27 FRIENDSHIP





António Six
Esp.MRÁDIO
Pontével


Fokker F27 Friendship-
Um avião que sempre simpatizei e que poucas vezes voei, uma das quais foi de Lourenço Marques para Joanesburgo.
Outros tempos outros aviões e outras viagens.
Aproveitem bem a viagem.
Bons Voos, sempre mas sempre, com muita saúde

Six

terça-feira, 19 de maio de 2015

Voo 3359 ESQUADRAS DA FORÇA AÉREA - ESQª 101 "RONCOS"




AERONAVE


PATCH DA ESQUADRA 



O escudo com a côr azul, lembra o ar e o espaço, e simboliza a lealdade e o zelo.
Nele, encontra-se uma águia, expressão do voo e do poder, em posição de voo, e que observa três crias. Estas, de asas abertas, aprendem a voar, numa clara alusão à missão da Esquadra.
O listel é branco, e nele está inscrito, em letras negras, maiúsculas e de estilo Elzevir, a Divisa:
"ENSINANDO OS PRINCÍPIOS DA ARTE”.
HISTÓRIA

A Esquadra 101, como Esquadra de Instrução Elementar e Básica da Força Aérea Portuguesa, é a fiel depositária das tradições e conhecimentos herdados de todas as Esquadras que, ao longo dos tempos e em diversos aviões, cumpriram esta nobre missão.
É uma longa História, a que se começou a desenhar a 14 de maio de 1914, com a criação da Escola Aeronáutica Militar. Foi nesta Escola, a 2 de novembro de 1916, e tendo como Chefe de Pilotos o Comandante Sacadura Cabral, que se iniciou o primeiro curso de pilotagem ministrado em Portugal. Dos dezasseis alunos que o iniciaram, foram brevetados treze, a 10 de maio de 1917.
Congregando toda a experiência adquirida desde 1914, a Esquadra 101 materializa a sua presente designação em 1978, fruto de uma reorganização na Força Aérea Portuguesa. Herda, na altura, os meios humanos e materiais da Esquadra 21 - Esquadra de Instrução Elementar de Pilotagem – sedeada na Base Aérea N.º2, e equipada com aeronaves Chipmunk.
Inicia uma nova etapa em 1989, com a aquisição de 18 aeronaves de fabrico francês – EPSILON TB 30 –, tendo, na mesma data, sido transferida para a Base Aérea N.º1. Mantém-se por Sintra até 1993, altura em que é relocalizada na Base Aérea N.º11.
E, é em Beja que, a 26 de julho de 1995, como corolário da sua História dedicada à Instrução na Aviação Militar, é condecorada com a Medalha de Ouro de Serviços Distintos, destinada a “…galardoar serviços de carácter militar relevantes e extraordinários ou atos notáveis de qualquer natureza ligados à vida do Exército, da Armada ou da Força Aérea, de que resulte, em qualquer dos casos, honra e lustre para a pátria ou para as instituições militares do país.”
Regressa, novamente, em 2009, à Casa Mãe da Instrução em Portugal, a Base Aérea N.º1, local onde continua a honrar o seu lema – “…Ensinando os Princípios da Arte.”

ELEMENTOS DE MISSÃO
Ministrar instrução elementar e básica de pilotagem.
Curso de instrutor de fase básica em aviões.

Origem do Voo:
EMFA


segunda-feira, 18 de maio de 2015

Voo 3358 CONVIVIO DA BASE AÉREA nº 7,S.JACINTO.








Manuel Pais
Esp.EABT
V.N.Gaia




Souberam os organizadores congregar á sua volta algumas dezenas de Especialistas e suas acompanhantes,  que passaram pela B.A 7 - S. JACINTO , para mais um agradável convívio e grande confraternização , para que no amanhã com aquela  " saudade " do tempo passado possam recordá-lo com a serenidade do sentimento do DEVER CUMPRIDO.
E para que não esqueçamos os amigos,  em anexo junto algumas fotos , para memória futura.










Venha a próxima e toca a Viver a VIDA


Um forte abraço a todos.

Manuel Pais

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Voo 3357 A GUINÉ FOI O PIOR LOCAL DA GUERRA ? PARA MIM FOI MUEDA,MOÇAMBIQUE.




Rosa Serra
Ten.Enfª. Pára-quedista
Lisboa 



 


"A maioria das minhas colegas diz que a Guiné foi o pior sítio por onde passaram. Eu acho que Mueda foi local mais difícil para se estar a partir de 1972. É que a guerra não é só tiros e evacuações. É também o isolamento. Nós éramos três enfermeiras. Aquilo era um quartel mínimo, rodeado de arame farpado, que era atacado durante a noite. A população do exército era relativamente reduzida e a pista tão pequena que, ao aterrar, os aviões Fiat tinham de largar um pára-quedas para conseguirem travar a tempo. Era tão tenso que os pilotos estavam lá 15 dias e depois iam para Nacala. Chegávamos ao fim da tarde e não havia um café, um cinema ou um local para conversar. Também não havia famílias. Em Bissau, não. À noite podíamos sair para ir comer um gelado, ou uns perceves e viviam lá várias famílias de militares."


Rosa Serra

terça-feira, 12 de maio de 2015

Voo 3356 O ÚLTIMO VOO DO JOSÉ ROSA.



Filipe Rosa
1ºSargº.Melec/Inst./Av.
Moita




Venho por este meio comunicar que faleceu o meu Querido Pai 1SAR MELEC 007761-F ,
O corpo encontra se na casa mortuária da Moita e o funeral realiza se amanhã,dia 13, ás 11 horas para o cemitério da Moita
.

Voo 3355 AS OBRAS DE ARTE DO SIX (47)





António Six
Esp.MRÁDIO
Pontével



DeHavilland DH89 A Dragon Rapide
Com um dia tão bonito e com este calorzinho.....digam-me lá se não apetece ir até lá a cima ver as vistas e apanhar fresco.
Bons Voos e muita saúde.
Six

domingo, 10 de maio de 2015

VOO 3354 – CARTÃO DE IDENTIDADE Nº. 230






Vicente Braz
MMA
Pau Gordo

Alcabideche


Este nosso companheiro andou a remexer nos seus arquivos e mandou o email que transcrevemos abaixo:



"Bom dia Mário , estou aqui com o Arnaldo Sousa, encontramos esta relíquia se quiseres publicar tudo bem .


Abraço
Vicente Braz"


Recordar é viver.



Voo 3353 MAIS UM ENCONTRO "ESPECIAL"





Manuel Pais
Esp.EABT
V.N.Gaia




Reviveu-se no último sábado , muitas das histórias de quando éramos " meninos " e fomos obrigados a ir para uma guerra , onde , entre muitas outras coisas se construiu uma Amizade que perdura durantes todos estes anos e esperamos que se repita por muitos mais.
Ao Paulo Prazeres os meus parabéns pela excelente organização que proporcionou a todos os presentes e para que fique para memória futura em anexo  junto algumas fotos de  ocasião.
Um abraço a todos e até ao próximo.

Manuel Pais

terça-feira, 5 de maio de 2015

Voo 3352 HÁ HISTÓRIAS QUE DÃO PARA RIR.







Rosa Serra
Ten.Enfª. Pára-quedista
Lisboa





"Uma manhã fui chamada para fazer uma evacuação imediatamente. Quando lá cheguei vinha um rapaz a coxear. Não percebi o que ele tinha, porque não vi sangue. O que o acompanhou disse-me que tinha sido uma mordedura. Pensei logo numa cobra, mas só quando íamos a bordo é que ele me contou o que aconteceu. Nessa noite, estavam a dormir no mato quando ele teve vontade de fazer uma necessidade e precisou de sair fora do círculo. Quando baixou as calças, apareceu-lhe um leãozinho bebé que viu aquele cuzinho branco e deu-lhe uma dentada. O rapaz não podia gritar porque denunciava a posição ao inimigo, nem conseguia puxar as calças porque o leão não o largou durante alguns segundos - teve sorte em ser bebé. Quando ele nos descreveu isto foi um fartar de rir."