quinta-feira, 24 de março de 2011

Voo 2215 QUE GRANDE CAMARADA!






Biografia do

GENERAL PILAV Manuel Diogo Neto

O GENERAL PILAV Manuel Diogo Neto nasceu em Lisboa a 16 de Janeiro de 1924.
A sua admirável carreira militar inicia-se em 03 de Agosto de 1943, no posto de soldado cadete, frequentando o Curso de Piloto Aviador na Base Aérea Nº1, Sintra.

Promoções:

- Alferes em 01 de Novembro de 1947;
- Tenente em 01/12/1950;
- Capitão em 26/10/53;
- Major em 24/01/1958;
- Tenente-coronel em 01/11/1960;
- Promovido a Coronel em 18/08/1962 por Distinção;
- Major General em 24/07/1970; após frequentar no ano lectivo de 1967/68 o Curso de Altos Estudos Militares em que obteve a classificação “MUITO APTO”;
- Tenente General em 26/06/1973; - Promovido a General em 28/04/1974, sendo nomeado Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, integrando a Junta de Salvação Nacional.

• Em 30 de Setembro de 1974 passou à situação de reserva.
• Em 01 de Julho de 1990 passou à situação de reforma.

Colocações:

- Base Aérea nº1 (Sintra) em 03 de Agosto de 1943;
- Base Aérea nº4 (Terceira, Açores) em 05 de Dezembro de 1947;
- Base Aérea nº3 (Tancos) em 18 de Novembro de 1949;
- Base Aérea nº2 (OTA) em 20 de Dezembro de 1951;
- Comando da 1ª Região Aérea em 31 de Dezembro de 1959;
- Base Aérea nº9 (Luanda) em 06 de Dezembro de 1960; - Comando da 2ª Região Aérea (Angola) em 18 de Agosto de 1962;
- Comando da 1ª Região Aérea em 09 de Novembro de 1963;
- Base Aérea nº2 (OTA) em 14 de Março de 1964;
- Comando da 3ª Região Aérea (Moçambique) em 29 de Junho de 1967;
- Estado-Maior da Força Aérea em 12 de Agosto de 1967;
- Base Aérea nº12 (BISSAU) em 20 de Agosto em 1968;
- Comando da 1ª Região Aérea em 30 de Julho de 1970;
- Direcção do Serviço de Instrução em 20 de Novembro de 1970;
- Comando da 3ª Região Aérea (Moçambique) em 10 de Novembro de 1972.
- Estado-Maior da Força Aérea em 28 de Abril de 1974.

Durante a sua longa e notável carreira militar foi agraciado com vários louvores e condecorações entre das quais se destacam:

- Medalha da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito C/Palma em 04/06/1970;
- Medalha de Prata de Valor Militar C/Palma em 16/05/1970;
- Medalha da Cruz de Guerra de 1ª Classe em 10/06/1962;
- Medalha de Prata de Serviços Distintos C/Palma em 18/08/1961;
- Medalha Comemorativa das Campanhas em 07/10/1963.

O GENERAL PILAV Manuel Diogo Neto faleceu a 15 deDezembro de 1995.

Origem deste Voo:

AHFA(Arquivo Histórico da Força Aérea)




O Nosso Camarada,SargºMor Paraqª,no livro que editou “AS ELITES MILITARES E AS GUERRAS D’ÁFRICA”,defini-o assim:

“Na Guiné, o BCP 12 bateu-se com galhardia contra o PAIGC, bem armado e treinado por oficiais cubanos, alcançando resultados considerados excelentes em contra guerrilha, expressos nas elevadas baixas causadas ao inimigo e no volume de armas e munições capturadas e destruídas.

Em operações como, por exemplo Ciclone II, Titão, a longa série de acções da Júpiter sobre o famoso corredor de Guileje, Dinossauro Preto (Agosto 73) e Jovem que é feito prisioneiro o capitão-comandante Pedro Rodriguez Peralta, ilustram a tenacidade e o espírito de missão dos Pára-quedistas empenhados na Guiné numa luta de vida ou de morte, com especial relevo para os assaltos helitransportados contra posições defendidas por metralhadoras pesadas anti-aéreas de 12.7 e 14.5 mm.

Como comandante da ZACVG, (Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné) de Setembro de 1968 a Agosto de 1970, tive oportunidade de constatar a eficiência operacional do BCP 12 perante um inimigo fortemente armado e protegido por áreas densamente arborizadas onde a progressão se processava em condições desfavoráveis para os nossos soldados. (...)

Na base da brilhante e valorosa acção em operações dos Pára-quedistas em África estão a preparação militar, capacidade de comando, disciplina debaixo de fogo, determinação, espírito de decisão e coragem, qualidades que lhes permitiram resolver as mais difíceis situações surgidas ao longo dos 14 anos de guerra, sendo a sua presença decisiva na manutenção da soberania nacional em Angola, Guiné e Moçambique. Tendo sido os primeiros a chegar em 1961, são os últimos a sair de África, garantindo até ao último momento a segurança dos responsáveis pelo definitivo arrear da Bandeira...” (CTP, Vol. IV, 1987: 37 a 39).
Diogo Neto, o mais prestigiado Piloto Aviador durante a Guerra de África, justifica a capacidade operacional dos Pára-Quedistas nas suas qualidades pessoais, as quais especifica como sendo a “capacidade de comando, disciplina debaixo de fogo, determinação, espírito de decisão e coragem”. Para Diogo Neto, neste tipo de guerra, as qualidades pessoais e humanas constituem o factor determinante do comportamento em combate.