quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

807 EXCERTO DE NOTICIA NA REVISTA VISÃO E O DIREITO À INDIGNAÇÃO!





João Carlos Silva
Esp.MMA BA4

Sobreda da Caparica





Companheiro Víctor,
Companheiros da Linha da Frente, Li com estupefacção, no blog Luís Graça & Camaradas da Guiné, a referência a um excerto de um artigo da revista Visão "Portugal e o Passado" evocativo dos 35 anos da publicação do livro de António de Spínola "Portugal e o Futuro", com determinadas passagens inacreditáveis.
Agora, quero trazer aqui ao "nosso" espaço o meu comentário, especialmente porque também afecta a "nossa" FAP.

Caros Companheiros desta Tertúlia.
É por estas e por outras que é fundamental existirem espaços como este onde se pode contar na primeira pessoa o que realmente foi acontecendo na Guerra Colonial. Infelizmente, se calhar mais vezes do que seria desejável, pessoas que nada sabem ou que pretendem fazer passar uma determinada mensagem, sabe-se lá com que objectivo, têm acesso desigual a formas de comunicação de massas face a quem de facto viveu esses acontecimentos, passando uma mensagem errada, injusta e desleal (para não dizer outras coisas).
Penso que o desagrado, descontentamento e indignação de quem amargou na Guerra Colonial e não se revê de forma nenhuma nesse escrito, deveria ter agora a mesma oportunidade de divulgação que as aleivosias desse artigo aos quatro ventos lançou .
Lamento que no meu País, a maioria das vezes que se fala da Guerra Colonial, com potencial grande audiência, seja para diminuir os intervenientes e exprimir relatos enviesados dos acontecimentos.
Todos sabemos que não foi um campo de férias, claro, era Guerra.
Se alguns desses senhores tivessem tido a necessidade de desactivar alguma mina numa qualquer picada, como vi apenas nalgumas fotografias (felizmente), de certeza comunicariam de forma diferente ( desactivado com sucesso, claro, porque os infelizes que não tiveram essa “sorte”…).
Gostaria ainda de acrescentar, no que nos toca a nós FAP, os riscos e baixas nos apoios às forças terrestres, nas evacuações, nos transportes e abastecimentos.
Se tivessem acompanhado algumas das Enfermeiras pára-quedistas ou tivessem estado com o Tertuliano Nuno Almeida, ou com o Miguel Pessoa, ou num heli-canhão (apenas alguns exemplos que me perdoem outros)...De certeza que não escreviam assim.
Respeito pelos que lá deixaram a sua vida e pelos que deixaram parte da sua juventude.
Embora me apeteça, não quero dizer que esse artigo não deveria ter sido publicado, pois censura nunca mais, no entanto, o rigor e equidade deveria ser garantido quando se divulga qualquer notícia ou opinião.
Agora, já que isso não aconteceu deveria ser dada a mesma expressão ao contraditório.
“De Nada a Forte Gente se Temia”Saudações Especiais,
João Carlos Silva, MMA, Jaguares (FIAT G-91), 2ª/79

VB.Pois é João,as tuas palavras são deveras elucidativas de tudo o que sentes,sem o viveres,das verdadeiras injustiças que muitas vezes determinadas pessoas sem fundamentos,fazem relatos de coisas que não correspondem à verdade.
Também faz parte da história...dos mentirosos!