terça-feira, 30 de setembro de 2008

A FAP/BA4 LEMBROU-SE DE MIM,E EU SENTI-ME ESPECIALISTA!




466-Fernando C.Branco
2ºSargº.MMT 2ª/69 Moçambique
Terceira-Açores








AMIGO Victor
Com Saudade e AMIZADE, mais uma para o “NOSSO BAÚ”!...
Há dias quando chegamos a casa e fomos ver a caixa do correio, encontrei uma carta do Comando da Base Aérea 4, para minha surpresa, ao fim de vinte e oito anos, uma Carta da BA4? Realmente era e nela vinha um Simpático Convite, com o respectivo Programa das Cerimónias de Rendição de Comando que foi no passado dia 26...





Tomada de posse do Cor.Pilav Ruivo da Base Aérea nº 4





O Cor.Pilav Ruivo depois de empossado na companhia do Zé Especial Fernando C.Branco,convidado para o acto.



“Fardei-me” em Espírito e Saudade e disse PRONTO, não só pelo atrás referido, mas porque, iria ver o JOVEM TENENTE, de há vinte anos, que fez comigo e mais elementos, parte da Tripulação da Barcaça em que trabalhava como Mecânico, num exercício de “busca e salvamento” dos SA330 PUMAS, como CORONEL PILAV, Receber o Comando da BASE AÉREA 4,refiro-me ao Excelentíssimo Senhor Coronel PILAV LUÍS ANTÓNIO FLOR RUIVO...
Já assisti a várias Rendições de Comando, como um “simples admirador”, mas Esta, teve outro “sabor”, porque há vinte anos a sua “jovialidade” de brincalhão, de fato de voo, para com nós e com os elementos que estavam a bordo e aos Comandos da Aeronave, por via rádio, ficou gravado na minha memória...
Pois é gratificante ver que os Jovens de Ontem, hoje com mais alguns galões, ao receberem o Estandarte Nacional, “novo LEME”, sabem recordar e cumprimentar aqueles que continuam a ser seus subordinados...
Não sei quem mandou, enviar-me o Convite, mas seja quem for, em Nome da Minha FAMILIA ESPECIALISTA, o meu SINCERO OBRIGADO e realço aqui, a atenção que me foi dado, desde o “Senhor Oficial do Protocolo” ao Nosso “Zé Especial”, Sargento-mor GABRIEL, que me vendo á Civil, (de fato, comprado de propósito para o dia que era, porque o que tinha antes, devido á barriguinha”, já estava apertado),fez questão de me pôr ao pé dos Nossos Sargentos...
Senti-me Especialista, no meio dos “nossos substitutos”...
Um abraço como sempre Especial
Fernando Castelo Branco
VB.Obrigado Fernando,digno representante da classe dos Zés Especiais,muitas vezes esquecido por quem se devia lembrar de ti.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

CASA ESPADA,BISSAU.


465-António Dâmaso
Sargº.Mor Paraquedista BCP 12 Guiné
Odemira.




Alguém se lembra de aqui ter comido ostras?






Foto de uma mesa onde abundam as OSTRAS.




Há dias atrás deixei-me divagar pelos pensamentos da Guiné, desde o muito mau até ao muito bom.
Durante mais de quarenta anos, a Guiné tem feito parte do meu dia-a-dia, quer eu queira quer não queira, em pensamentos ou em sonhos tenho vivido a Guiné daqueles tempos.
Existia uma casa na chamada rua das montras quase em frente à casa Pintosinho, cuja especialidade era a ostra da rocha, era a Casa Espada.
Sou apreciador acérrimo de ostras, durante as três comissões que fiz na Guiné, muitas vezes o meu jantar era uma travessa de ostras e uma cerveja de litro, o que era um óptimo jantar.
Como o mundo dá muitas voltas e nós também, em 1977 fui morar temporariamente para a Cruz de Pau, Amora, Seixal, na Cruz de Pau existe um bairro cujas ruas têm o nome de Terras da Guiné.
Um dia perguntei a alguém conhecido, onde havia bom vinho e em conta, indicaram-me uma casa nessa zona, se não estou em erro Rua de Bafatà, lá fui e quando entrei dei de caras com uma senhora , cuja cara eu conhecia mas não a fazia naquele lugar, não resisti a perguntar-lhe e a confirmação veio a seguir:Tratava-se de uma filha do Senhor Espada da Guiné especialista em ostras da rocha, se não estou em erro esta senhora chamava-se Gabi.
A casa vendia cereais e vinho engarrafado e a granel.
Aqui no Rio Mira ainda há boas ostras mas para se apanharem tem de ser de mergulho, tenho uns amigos que de vez enquanto me convidam para comer ostras abertas na chapa.
Saudações Aeronáuticas,

Dâmaso


VB: O proprietário da Casa Espada,não só tinha essa filha que referes,Gaby,como também um filho que era especialista da FAP,Henrique Espada,era Melec/Centrais,andava sempre desenfiado.
Era um grande companheiro,como era de lá,nós fazíamos-lhe os serviços de escala e ele pagava em ostras e cervejas no seu estabelecimento em Bissau.
Gostava de saber do seu paradeiro?

É ESTE O NOSSO ESPIRITO.



464-Especialistas da BA 12








Bom-Dia,companheiros.
Ontem tive o grato prazer de receber o telefonema do Fernando Duarte e do José Gomes a informarem-me de que a Assembleia da AEFA tinha corrido bem.
Com cedências de parte a parte tudo resolveu da melhor maneira para a classe.
Congratulo-me com o facto de que partir de agora,para além do que já estava convencionado em termos estatuários em relação ás convocatórias,os núcleos passam ter também a missão de o fazer aos seus associados.
Foi este ponto que discordei da maneira como estava a ser praticado.
Quero deixar claro que não tenho rigorosamente nada haver com causas pessoais existentes entre alguns sócios,esses assuntos gostaria de os ver resolvidos dentro da tal humildade aprendida durante a nossa permanência na FAP.
O errar é o humano,a discussão é uma grande virtude,desde que seja construtiva.
Neste espaço podemos e devemos,dentro dos principios da ética moral,discutir os nossos assuntos.
Conforme ouve companheiros que manifestaram aqui a sua opinião,talvez fosse interessante a nossa Direcção corrigir e esclarecer,se tal for necessário,os seus associados,uma vez que o site da AEFA não permite tal.
Porque não fazê-lo?
Para finalizar e desejar que "A BONANÇA TENHA CHEGADO",quero felicitar a Direcção da AEFA e todos os associados que participaram na Assembleia o espírito compreensivo nela demonstrado.
NÓS SOMOS ESPECIALISTAS!

Victor Barata



domingo, 28 de setembro de 2008

SOMOS MUITOS...MAIS OS DOS AÇORES.


463-Fernando C.Branco
2ºSargºMMT 2ª/69 Moçambique
Terceira-Açores



AMIGO Victor
Com o Oceano a separar-nos dou-te um abraço porque,”SOMOS muitos...” aqui a manter o Verdadeiro Espírito de ZÉ “ESPECIALISTA”?!...
E a prova está, que talvez por horas a “NOSSA” casa “BLOG”, construída recentemente,tem uma “massa de Humildade, Sinceridade e Honestidade etc...”, de verdadeiros ESPECIALISTAS.
Classe que,já tem muitos anos, (?) e a prova está no NOSSO VELHINHO, (89 ANOS), vão chegar ao nº 50.000 (visitas), mas a referida “massa”, também leva “agua” que pode ser o MAR que nos separa como “ as lágrimas” que rolam dos nossos olhos pela face marcada dos ANOS passados!?...
O meu sentimento é de tristeza porque vejo que a “coisa” não está bem, não quero ser “juiz”, porque reconheço que existe Pessoas mais Idóneas e Experientes do que eu...
Nós Especialistas no “meio do Atlântico”, estamos atentos e EXISTIMOS, e VÓS aí “estão á porta”...Não Queremos andar á “boleia”, (longe vão os tempos)...mas queremos que se apercebam que continuamos ESPECIALISTAS, a “prova” tentei dar no ultimo Encontro quando VOS abracei e que Vós muito reconheceram, mas também houve alguém que “hesitou” com a minha presença humilde...quando quis entregar o abraço AÇOREANO?!...
As lembranças, eram pequenas, mas a Nossa intenção de “Açorianos” era grande, porque, foi daqui destes “ilhéus pacatos” que muitos “meninos”, foram “tentar” descobrir novos rumos... Mas a festa existiu e eu novamente digo, vim com o CORAÇÃO cheio, de saudade e da Vossa AMIZADE...
HOUVE Alguém que disse que eu parecia um “miúdo” ,pois não, estava ao pé dos “meus Irmãos de ARMA “, aqueles que mais cedo ou mais tarde, foram Especialistas, a classe que soube em bons e muitos maus momentos, dignificar a FAP, sem haver falta de União...
AMIGOS, façam de conta que estão a ouvir o Clarim, que Vos acordou muitas vezes, mas desta vez para se reunirem e NINGUÉM, faltar á chamada...
ORGANIZEM-SE e não se separem, porque eu, desde o MINHO ao CORVO, serei sempre Especialista, usando um preceito que me ensinaram: PRESTAR AUXILIO A QUEM DELE CAREÇA, SEM ESPERAR RECOMPENSA...
OS ESPECIALISTAS só diferiam, como á tempos disse, no PIJAMA... que de resto éramos TODOS UNIDOS?!...Um abraço e termino com a expressão; “DEPOIS DA TEMPESTADE QUE VENHA A BONANÇA”?!...
Fernando Castelo Branco
VB. É verdade Fernando,mais uma vez és reconhecido como um verdadeiro símbolo dos ESPECIALISTAS nos Açores,esperamos que não voltem a esquecerem-se de vós num futuro próximo.

MATERIAL PARA O AMÉRICO.





463-João Sousa
Esp.OPC Negage

Braga




Victor:
Muito bom dia!
Relativamente à solicitação do Américo, posso informar que tenho alguma documentação relativamente ao Negage.
Porém, só lha posso enviar lá para terça ou quarta-feira pois não tenho scanner em casa.
Não é muita mas talvez dê para enriquecer o património do Américo. Faço, já agora, um apelo: Américo, tu que estás em Angola (não sei em que zona), poderás saber de um companheiro que foi de Meteorologia e que esteve comigo no Negage e que dá pelo nome de Manuel da Fonseca Martins?
Ele está em Angola (também não sei em que zona, mas está na área comercial).
Já mandei um Mail (a solicitar a sua presença, ou não, no território) para a embaixada de Portugal em Luanda mas, até à data, ainda não se dignaram responder ao mesmo...
Termino, enviando para a LF um abraço de amizade!

João Sousa

sábado, 27 de setembro de 2008

AINDA O BRANDÃO.

462- As Duvidas em relação ao Jaime Brandão


O Américo ficou com algumas dúvidas sobre umas
fotos em que está o Fur.Pil Jaime Brandão,numa e o Cap.Pil. Jaime Brandão noutra:

Caro Victor .
Acerca da mensagem 455 enviada pelo Salgado, achei por bem comentar o seguinte:- A mesma dúvida que o Salgado teve, tive-a eu também.
É que a foto enviada pelo Salgado com o Furriel Brandão, mostra que o Brandão é mais alto.
Também a imagem que tenho na minha memória é que realmente o Furriel Brandão era uma pessoa alta.
Quando o Mexia apresenta a foto junto do Brandão, percebe-se que o Mexia é bem mais alto que o Brandão, dando a imagem que o Brandão é uma pessoa de estatura média, em discordância com a foto do Salgado.
Daí a contradição...
Em relação à sua evolução na FAP e na Aeronáutica Civil, já isso é possível, pois que conheço um exemplo desses.
O Alferes Pinho, piloto de Alouettes na Guiné, também teve a mesma evolução.
Depois de regressar à "Metropole", tirou o brevet de aeronaves a hélice, saindo dos helicópteros e mais tarde mudou para a TAP onde pilotava Airbus.
Encontrei-o uma vez, já como civis e ele contou-me a sua evolução.
Cumprimentos
Américo Silva



O Mexia Alves,amigo de infância do Jaime,era a pessoa mais indicada para o devido esclarecimento:

Caro Victor.
Apenas para te confirmar que praticamente sem dúvida nenhuma, o Furriel que está na fotografia da Guiné de "quico" no post 455 é o Fur. Pil. Av. Jaime Manuel Melo Brandão.
É a figura dele, a posição dele e disso não tenho dúvidas pois que o conheço desde que nasceu!
Ele não era o único vindo de Furriel que estava nos A7.
Lembro-me por exemplo de outro de quem era/sou muito amigo e que agora não recordo o verdadeiro nome, mas que tratávamos por "Xico escuro".
Está agora na TAP, saiu ao mesmo tempo sensivelmente que o Brandão e quem esteve em Monte Real, lembra-se certamente dele.
O voo que fiz em A7 estava programado para ser com o Brandão ou na sua impossibilidade com o Xico.
Gostei de falar contigo hoje á tarde.
Abraço camarigo do
Joaquim Mexia Alves(O tal que voa rasteirinho)



EXEMPLOS DE ESPECIALISTAS.

462- Redacção do Blog.


São este tipo de companheiros que sabe dignificar a classe dos ZÉS ESPECIAIS.
Separados por milhares de Km,talvez até,sem nunca se terem visto,solidários e verdadeiros companheiros defensores da mesma causa,a nossa,OS ESPECIALISTAS DA FAP!

Obrigado meus amigos pelo vosso honroso exemplo de nos recordarem como fomos e queremos continuar a ser.

O Dialogo entre o Fernando e o Américo:





Amigo Américo.
Com um forte abraço do meio do Atlântico.
Devo agradecer-te com o que nos tens presenteado no Nosso Blog"Victor Barata"…
Pois Amigo, já lá vão trinta e nove anos, que certamente muitas vezes nos cruzamos na Nossa Base Mãe OTA, ou em formaturas ou em reforços que fizemos juntos, porque Tu eras da 2ª fase e eu estava na 1ª?!...
Pois Amigo, sobre as fotos de Negage, tenho pena de não ter, porque a minha comissão foi em Moçambique, AB8/Lourenço Marques, mas dentro dos possíveis, irei tentar saber se alguém tem, não tenho a certeza, mas parece que o Nogueira, eis MMA, esteve no Negage?!...
Como "te roubei" o endereço, vou "compensar-te" com umas fotos destas Ilhas de Bruma,"ILHA Terceira"…
Um abraço e tudo bom para TI…

Fernando Castelo Branco







Caro Fernando.
Fiquei bastante satisfeito pela recepção do teu mail.
Aproveito para dizer que é sempre com grande interesse que leio a tua participação no blog do Victor que é nosso também como ele não se cansa de dizer.
Agradeço o empenho que tiveres em contactar com os nossos ex-camaradas que serviram em Angola.
Estou certo que esse pessoal tem fotos das suas unidades e talvez as possam enviar.
Estou a fazer uma colectânea de imagens das unidades da FAP em Angola e por isso tudo quanto seja deste país, me interessa.
Quanto aos nossos tempos da Ota, eu fiz a 1ª recruta de 1969, ficando depois no curso de Armamento até a sua conclusão.
A seguir fui colocado no DGMFA em Alverca de onde parti para a Guiné.
De regresso, voltei para o DGMFA, depois BA6, CTA - Alcochete e passei à disponibilidade no final de 1974 na BA6.
Presentemente trabalho em Angola desde 2006.
Amigo Fernando, agradeço o material enviado, assim como de futuro, todos os Emails que vierem. Um grande abraço de amizade

Américo Silva


UM CONVITE AO GRAVETO.


461-Arlindo Pereira (Piriscas)
2ºSargº.Mil. MMA Tete
Lisboa





Victor, boa noite e um grande abraço.

Começo por dizer que tudo o que tens feito em prol da Linha da Frente, nomeadamente pela família dos Zés, é muito superior ao que alguns papagaios que se encostaram a algumas associações e que andam para aí a viver à conta duns quantos, infelizmente a história também está cheia de oportunistas.

Victor falemos de coisas mais saudáveis, e para isso através do nosso BLOG, para o qual muito tens dado, e muito tens recebido através da amizade de todos que contigo colaboram e agradecem por manteres viva esta forma de comunicar entre os Zés, para que muitas das coisas boas e más, que se passaram na nossa juventude ao serviço da FAP e outras armas, sejam recordadas e vividas com o testemunho de todos aqueles, que neste BLOG têm participado. Falando em participações, faço aqui um apelo a um Zé, que andou por terras de Angola nomeadamente no NEGAGE, o qual muito pode contribuir para avivar a memória de muitos nós que por lá passamos, refiro-me ao GRAVETO.

Almoço de confraternização,o Graveto é o primeiro da esquerda.



Por agora nada mais, envio um grande abraço para a Linha da Frente, solicitando a todos os Zés que mantenham viva esta chama que é o nosso BLOG.


Arlindo Pereira ( Piriscas )


VB. Bom-Dia Arlindo,espero que estejas completamente restabelecido das mazelas que ultimamente te têm apoquentado.
Quanto ao que me dizes que se faz neste espaço,devo dizer-te que é só o que todos nós merecemos,ou seja,a UNIÃO.
Nunca foi nem será intenção de ninguém que tem a responsabilidade neste Blog afastar ou arranjar vitimas para o que se faz menos bem.Não,pelo contrário,é sim tentar dialogar(e muitas vezes este é o nosso meu de o fazer)no intuito de que seja reposta a verdade,o que muitas vezes não é bem interpretado por alguns companheiros.
Não temos absolutamente nada a haver com as questões pessoais de alguns,o que temos sim,e isso enquanto for o responsável por este espaço é sagrado,é repor a verdade dos factos,que fique bem claro para os que não o querem entender.
Sobre o Graveto,agradeço que sejas tu a convidá-lo visto não termos o seu contacto.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

MAIS UM...ESPECIALISTA!


460-Fabricio Marcelino
Esp.MMA 1960 Guiné

Leiria





Amigo e Colega Barata.
Li no Blog,com alguma magoa,mas sem qualquer admiração,o péssimo comportamento continuado, de há muitos anos a esta parte,da Direcção Nacional da A.E.F.A.para com os seus associados,nos quais me incluo.
Digo continuado, porque já há muitos anos,quando fui nomeado presidente do núcleo distrital de Leiria,(que nasceu pela minha mão) já existia o "quero posso e mando", por parte de alguns directores.
Já nessa altura e nos anos que se seguiram, tanto eu por Leiria,como os presidentes de Aveiro e Setúbal, em especial,nos debatemos para que a Assembleia Geral fosse divulgada directamente aos associados, por carta e a divulgação fosse feita nos jornais regionais, de todo o pais,pois conseguia-se isso gratuitamente.
A Direcção Nacional sempre se opôs e, quando se queria discutir nas assembleias gerais, a feitura de assembleias regionais, em vez de ser só no Porto, sem os sócios terem conhecimento, não era possível, porque a coisa estava preparada à partida e, por vezes, terminava em discussão, que até lhes era vantajoso!
Bastava ver as listas concorrentes,eram de elementos,todos ou quase todos do Porto e, sem admissão possível de outros locais do pais!
Também os elementos concorrentes se rodavam de posto, não davam lugar,eram sempre os mesmos.
A certa altura,passados alguns anos, deixei de ser director do núcleo,porque não era para o meu feitio aquilo.
Nunca deixei de ser sócio pagante,vou sempre ou quase sempre aos encontros,mas nada mais de que isso,é pena que assim tivesse sido e muito pior,que continue hoje ainda, pois pensei que tivesse melhorado!
Arrepia ler o que diz o Vice-Presidente da Assembleia Geral, Carlos Jeremias,que teve a ombridade de aguentar sem se meter em querelas,mas chegou a altura de dizer "basta". Cumprimento-te pela tua verticalidade Jeremias.
Isto só confirma o que afirmei acima.
Fazem o que querem e não dão confiança a ninguém. Nem ao vice-presidente da Assembleia Geral, que hierarquicamente é a segunda figura mais elevada dentro da Associação?
Por quanto tempo mais, vão os associados consentir esta situação?
Está na hora da Direcção Nacional ver que a Associação de Especialistas da Força Aérea, não é uma coutada particular, mas sim uma Associação,de todos os seus sócios, de todo o pais e, não só de alguns do Porto.
Por isso os sócios de todo o pais pagam o mesmo valor.
Fabricio Marcelino

A ASSEMBLEIA GERAL DA AEFA.





459-Victor Barata
Esp.Melec/Inst./Av. 3ª/69 Guiné
Vouzela




Companheiros,este Blog,teve,e tem,o compromisso de congregar todos os Especialistas,bem como aqueles que serviram a FAP,no intuito de que esta grande família continuasse unida como sempre o fez.
É com grande alegria que vos digo que esse objectivo foi concretizado à sua nascença para não mais dele se abdicar.
Não pactuamos com, litígios pessoais ou colectivos,divisionismo ou algo que ponha em causa os princípios que sempre foram respeitados pela grande classe dos ZÉS ESPECIAIS, A UNIÃO!
Foi criado um órgão nacional designado por AEFA-Associação de Especialistas da Força Aérea cujo o seu objectivo será esse também.
Orgulho-me de ser seu associado,respeitando os seus órgãos sociais eleitos democraticamente,mas exijo comportamento idêntico.
É para mim inadmissível ter sido alertado ontem por um companheiro para uma Assembleia que vai acontecer amanhã na sede,no Porto. Dizem os estatutos que a convocatória tem quer ser publicada num jornal do Porto e Lisboa vinte dias antes da referida Assembleia. Então nos Açores e Madeira não existem sócios da AEFA? Será que com esta crise toda,Portugal já só está existe naquelas duas cidades? Será que a cotização dos sócios,o excedente nos almoços,os subsídios recebidos e outros,não será suficiente para pagar uma simples carta?
Só considero esta situação de um PÉSSIMO exemplo de associativismo.
Até ia um pouco mais longe,vou pensar bem no assunto,alertando as entidades competentes,nomeadamente EMFA,para este tipo de comportamento dos Srs.

Directores da AEFA

EU SOU ESPECIALISTA!




Alusivo a este assunto,recebemos algumas:




Carlos Jeremias
Vice-Presidente da Assembleia Geral da AEFA
Esp.MMA 1ª/67 Luso
Lisboa







Caros amigos e companheiros,
Tenho-me mantido "mudo e calado", afastado de polémicas e comentários sobre a nossa Associação, mas em boa verdade, a onda de assaltos que tem assolado o País de Norte a Sul, também lá chegou, e o actual "assalto" que está a ser feito, não me permite, em consciência, manter-me calado durante mais tempo, correndo o risco de ser acusado de pactuar com a situação, face ao cargo directivo que ocupo de, vice-presidente da Assembleia Geral. A 23 de Janeiro deste ano, a Direcção de Lisboa (da qual fazia parte )apresentou a sua demissão, no entanto nunca me demiti do cargo atrás referido, para o qual fui eleito.
Nunca, ao longo deste ano, a Direcção Nacional teve a amabilidade de me fazer chegar qualquer informação sobre o processo que tem estado a decorrer, respeitante à alteração dos Estatutos. Este que é o documento estruturante da Associação, irá agora a votos no próximo dia 27 de Setembro (sábado), sem que os associados tenham sido devidamente informados.
Não basta publicar no site da AEFA a convocatória da mesma, durante um período de 10 segundos.
Esta convocatória deveria ter sido enviada, via CTT, para todos os associados, não basta o facto de ser inserida na net, porque nem todos tê3m acesso ou acedem regularmente ao site, mas a verba que se iria gastar no envio, faz falta para as "passeatas".
Está pois consumado o "ASSALTO".

Carlos Jeremias



Jorge Mendes
Esp.Abst. 1ª/68 Angola

Coimbra


Caros Companheiros:Acabei de ler a mensagem nr.936 do Carlos Jeremias, que apenas peca por estar demasiada branda.Efectivamente tudo o que diz lamentavelmente e a pura verdade e só a sua postura de homem que não procura a discórdia o teria levado a ser tão moderado.Na minha mensagem 843 apesar de já sentir que a AEFA apenas seria de alguns "tal quinta em que apenas dita ordens o proprietário e os feitores" e todos os outros são assalariados que apenas estam para cumprir o que lhes mandam tratar" ainda acreditei que as coisas mudassem tal e o espírito Especialista de Servir o nosso ideal que aprendemos na nossa vida militar.Afinal estou efectivamente ,( e como eu tantos Especialistas )enganado.A Direcção da AEFA não tem espírito nem princípios de Servir , mas sim de" Se Servir "Os métodos utilizados na alteração da proposta de alteração dos estatutos/regulamento interno são um escândalo.Após ter sido publicado em Marco um projecto para estudo e ser discutido ,surge agora no inicio de Setembro e apenas por iniciativa da Direcção um projecto para ser Apresentado na Assembleia de 27 de Setembro, que e um autentico escândalo.Senhores Directores da AEFA , O projecto esta feito pela Direcção e apenas para a Direcção e quem lhe esta muito próximo.Como diz o Carlos Jeremias e bem as convocatórias para a Assembleia apenas são para alguns muito poucos.O que leva a Direcção a fazer isto?O que leva a Direcção a manter-se no lugar a todo custo?O que leva a Direcção a utilizar este método de fazer as coisas com conhecimento de alguns muito poucos e para alguns muito poucos?ASSIM NÃO. Esta não e a AEFA que os Especialistas de Bem, querem.Esta e AEFA que apenas um pequenino nucleo deseja . E porque? Eu pessoalmente não me revejo nestes SENHORES que fazem da AEFA sua Quinta.Se a Direcção achar que eu sou persona NON GRATA ,podem poupar-me o custo de uma carta e respectivo selo e se desejarem elaborar um processo disciplinar com vista a minha suspensão da Associação.Informo no entanto que "Não sou de comer e calar" A AEFA TEM QUE SER DE TODOS E NÃO SÓ DOS QUINTEIROS. Um abraço
Jorge Mendes

MEMÓRIAS DA GUINÉ VII.


458-Fabricio Marcelino
Esp.MMA 1960 Guiné
Leiria




Caro Amigo Barata, apesar de me encontrar algumas semanas a alguns milhares de km de Portugal; não deixo de visitar o Blog no dia a dia e, hoje conto mais uma história verídica da minha vida de especialista.Acabada a comissão na Guiné,fomos todos informados,do dia em que embarcávamos para a Metrópole .
Vinham 2 aviões para nos transportar para junto dos nossos familiares.Um descolava de manhã e fazia escala em Cabo Verde.
Outro avião vinha vazio de S.Tome e Príncipe e descolava às 15 horas de Bissau e, a sua escala era feita em Las Palmas.Alguns dos colegas embarcaram no avião da manhã e tudo correu bem até Lisboa.
Eu,acompanhado com todos os outros colegas da linha da frente e outros mais,ficamos para o avião da tarde.
Cerca das 14 horas chegou uma comunicação da Secretaria de Estado da Aeronáutica, para o pessoal da tarde não embarcar.
O avião aterrou para nos levar e, o mundo tinha-se abatido sobre as nossas cabeças,porque já não podíamos ir.
Já tínhamos feito o despacho das nossas malas e não só.Fomos de novo levantar as mesmas e, ninguém mais nos conseguia conformar, por mais historias que nos contassem.Como sempre acontecia, nesse dia, estavam à boleia para Lisboa, alguns militares do exército que se encontravam de férias e, que nem sempre tinham lugar,mas que nesse dia houve lugar para todos.
O avião descolou pouco passava das 15 horas e, nós tristíssimos, fomos até ao Bar beber algo, para nos molhar as gargantas secas.
Ali nos mantivemos durante a tarde. A certa altura, a emissora nacional, interrompeu o seu programa, para dar a triste noticia da queda do referido avião!A noticia seca de que "o avião da Forca Aérea que saiu de Bissau às 15 horas caiu e não há sobreviventes", caiu que nem uma bomba entre nos.
Nós que, até ali estávamos tristíssimos,agarra-mo-nos uns aos outros, abraçados a chorar de contentes!
Ainda hoje me comovo, ao ponto de me correrem as lágrimas, ao lembrar esta historia das nossas vidas, que graças ao comunicado vindo uma hora antes de embarque,nos salvou de morte certa!A minha família ( e certamente a todos os outros colegas) que sabiam a data de embarque e hora,ao ouvirem a noticia, choraram a minha morte, durante uns 3 dias e vestiram-se de luto ( pois só ao fim desse tempo, foram informados de que eu estava vivo)!
Peco humildemente paz para todas as almas de todos os nossos colegas em especial para os deste acidente,bem como as almas daqueles militares do exército, que ao rejubilarem de alegria de poderem ir visitar os seus familiares,morreram pelo caminho;algures ao largo das Ilhas Canárias. Fabricio Marcelino


VB.Bom-dia Marcelino,espero que estejas bem e que esse belo lugar onde te encontra na Europa,te faça descansar e divertir.
Mais uma vez te solicito o favor de me enviares fotos tuas,nem que seja de conjuntos de pessoas,nós cá faremos filtragem da tua imagem para que as mensagens sejam apresentadas com a requerida foto.

50 ANOS DA ESQUADRA 12

458-Rui Elvas
1ºCb.PA

Lisboa



Boa noite Camarada Victor,
Hoje vou-te enviar umas fotos tiradas nas cerimónias dos 50 anos da ESQUADRA 12-PAÇOS FERREIRA com apresença do Gen/Pilav Tareco e do Presidente da Câmara entre muitos convidados militares e civis.
Espero que gostes.





Um abraço enorme
Rui Silva Elvas

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

UMA PEÇA DE ALTA TECNOLOGIA..

457-Costa Ramos
Espe.MMA Guiné
Coimbra





Caros camaradas,neste site têm a oportunidade de ver uma peça de engenharia das mais avançadas do mundo aeronáutico, chamado Ja-Ham-ICKS (Joint Helmet Mounted Cueing System) o capacete (F-16) que faz tudo, e custa em média + de US $250.000.

Só a viseira custa cerca de 7.000€.  




Joint Helmet Mounted Cueing System (JHMCS)


O JHMCS é o primeiro programa de HMD de larga escala americano. O objetivo é produzir um hardware comum para toda frota de caças USAF e USN. Deve equipar o F-15C/D, F-16 Block 40 e 50, F/A-18E/F e F-22A. O hardware tem 95% em comum entre as aeronaves e o software é 100% em comum.O JHMCS faz parte do programa High Off-Boresight Seeker (HOBS) também formado pelo programa do míssil ar-ar de quinta geração AIM-9X Sidewinder. O sistema HOBS consiste de um sistema para atacar qualquer alvo aéreo que o piloto veja. O AIM-9X pode ser apontado a 90 graus para cada lado mas seu sensor tem um campo de visão pequeno para busca. Para funcionar melhor é bom dizer onde apontar.O HOBS pode ser empregado sem manobrar a aeronave, minimizando o gasto de energia e o tempo gasto com o inimigo. O objetivo é aumentar a letalidade, capacidade de sobrevivência e consciência da situação do piloto. O contrato de necessidade foi assinado em janeiro de 1994. O contrato de desenvolvimento foi assinado em dezembro de 1996. O programa foi iniciado em abril de 1997 pela Vision Systems International. A VSI foi formada pela Kaiser Aerospace & Electronics e pela Elbit System com o DASH. A Elbit é representada pela EFW Inc americana. Os concorrentes era a Honeywell Military Avionics que se juntou com GEC-Marconi Avionics (agora BAe System) com o sistema Crusader do Eurofighter. O JHMCS foi baseado no DASH israelense, mas os americanos dizem ser mais capaz com o dobro da precisão de posição.Como o VTACS, ele tem o "uplook cursor" que mostram alvos que o piloto não consegue enxergar fora dos limites do campo de visão possível, nem torcendo mais o pescoço. Com um aperto de botão o piloto ganha mais 30 graus. Os limites estão na arma e não no capacete. O JHMCS pode olhar até sobre os ombros, o que não é possível em manobras agressivas. Está equipado com câmera que grava o que piloto olhou da mesma forma que faz o DASH-4.O JHMCS (pronuncia ja-ham-icks em inglês) é um capacete HGU-55/P com um HUD (HDU - Helmet Display Unit) mostrando dados na viseira e usado para apontar armas e sensores. O HDU separa durante ejeçao a alta velocidade. Enquanto o DASH faz parte do capacete, JHMCS é anexado, podendo ser instalado ou retirado em vôo. Também pode ser instalado no capacete leve HGU-56/P da US Navy e no HGU-68/P. O HGU-86/P foi escolhido para o F-22A, e possivelmente será usado em toda frota da USAF. O JHMCS deve ser redesenhado para este capacete. O JHMCS pesa 1,9kg mais 6,8kg dos eletrônicos. O tempo médio entre falhas (MTBR) é de 1.000 horas.




O rastreador magnético fica atrás do ombro esquerdo do piloto, com precisão de 1 grau. O sistema inclui unidade eletrônica e um sensor de posição do acento ejetor.O HDU é um CTR miniatura que projeta diretamente no visor do piloto, mostrando simbologia semelhante ao HUD. O mostrador é monocular com campo de visão de 20 graus. O piloto pode selecionar oito "janelas". Na pontaria de grande ângulo de visada high-off-boresight (HOBS), uma cruz é colocada na janela. Ela gera um circulo mostrando a cobertura da cabeça de busca do míssil. Depois de trancado no alvo o piloto pode virar a cabeça e o míssil continuará a rastrear o alvo.A simbologia inclui caixa de designação de alvo (TD box), setas para indicar onde está o alvo ou onde olhar se estivar fora do campo de visão, informações básicas de vôo como velocidade, altitude, força "g" e armas. A imagem pode apagar quando o piloto olha para o HUD ou outros lugares programados.Os testes iniciaram em dezembro de 1999 conseguindo trancamento em alcances extremos. O JHMCS também é usado para apontar radar e sistema de navegação. O programa de vôo era agressivo e durava 18 meses após a assinatura do contrato. A analise operacional foi entre agosto de 1999 a fevereiro de 2000.O programa de desenvolvimento do JHMCS foi chamado de Vista Sabre II com análise operacional iniciada em 1993. A Kaiser Electronics produziu os eletrônicos e o capacetes e a McDonnell Douglas os software para o F-15 usado nos testes. Os testes mostraram que o piloto tem que tomar cuidado com ajuste na cabeça. O peso adicional cria tendência a deslocar o capacete da posição em manobras agressivas. Os erros de mais de dois graus podem tornar impossível fazer a pontaria. A avaliação também mostrou a dificuldade do piloto em manter cabeça estável durante curvas de alto G e durante trepidação da aeronave em grandes ângulos de ataque. O programa VCATS (Visually Coupled Acquisition and Targeting System) foi sucessor do Vista Sabre II e voou em 1997, sendo uma ponte entre os prototipos e o JHMCS. O CVATS iniciou o uso de sistemas em terra para alinhar o capacete com a mascara e o acolchoamento para cada piloto. Depois foi usado para integrar o HMD com as manetes HOTAS.Foi observado que os pilotos giram cabeça em um setor circular de 60 graus, mas a capacidade dos mísseis vão bem além. O JHMCS usa referência tipo UP-loop, colocando dois retículos no plano focal da ocular, permitindo visada high off boresight (HOB) com visão periférica para disparar mísseis, vendo além de 60 graus. O peso extra do HMD faz ficar difícil locar em alvo enquanto puxa 9 g´s. As lesões no pescoço podem indisponibilizar o pilotos o que é grave em tempo de guerra. O peso extra também preocupa durante a ejeção e na separação do pára-quedas com a cadeira e na abertura. O maior tamanho cria maior arrasto durante a ejeção. Um estudo mostrou que o capacete é perdido na maioria das ejeções. As vezes quebram o pescoço do piloto com capacete antes de se saltar. O capacete é mais para segurar a mascara e o visor que para segurança. Os modelos mais atuais são mais leves para tentar ficar na cabeça na ejeção e não quebrar pescoço. Sendo mais leve também permite puxar g por longos períodos cansando menos.O JMCHS pode aumentar a desorientação espacial, saturando o piloto com informações. Enquanto o HUD fica em uma posição fixa, o alinhamento de informações com a direção do olhar do piloto pode causar problema que pioram a noite. O piloto também perde referência de onde fica o eixo da aeronave que era possível com o HUD. O HMD pode saturar o piloto com informações constantes, piorando durante o combate com informações de manobra e ataque. No JHMCS foi adicionado a função de apagar no disparo e diminuindo as informações para não distrair.



O JHMCS foi testado nos F-16 americanos. Está em uso nos F-16 holandeses e gregos (55 unidades).

O JHMCS foi testado nos F-16 americanos. Está em uso nos F-16 holandeses e gregos (55 unidades).


O JHMCS foi testado para apontar o AMRAAM e AIM-9L. O teste com o AIM-9X foi no quarto disparo de um F/A-18 em 31 de março de 2000. O cenário era um dogfight com alvo QF-4 disparando flare. Foi o primeiro disparo do AIM-9X contra um alvo lançando flare e o primeiro disparo off-boresight. O engajamento era em círculo, levemente para baixo, com o JHMCS usado para e adquirir o alvo. O míssil viu o alvo e não foi enganado pelo flare. O míssil não atingiu o alvo, mas passou no raio letal da ogiva.Durante a noite os testes com JHMCS tinham como alvos estrelas ou planetas com o Sírius, Saturno, Vênus e outros por terem localização conhecida. O JHMCS foi testado durante ejeção a até 450 KTAS. Foi o único HMD testado durante ejeção e foi a parte mais difícil do projeto. Em 2005 foram iniciados os testes no assento traseiro do F/A-18D e F.O JHMCS foi testado em operações ar-superfície e foi considerado melhor do que o esperado. Os testes foram no F/A-18 com bombas Mk-82/84, JDAM, mísseis Maverick e bombas guiadas a laser. Ainda não será usado para pontaria de alvos ar-superfície por não ser tão preciso como o HUD. O erro chega a dezenas de metros, mas a pontaria de sensores de pequeno campo de visão como o FLIR será útil. Depois de apontar o FLIR, o piloto usa o HDD para fazer pontaria fina e alinhar com mais precisão. A aquisição durava 3-5 segundos para aquisição contra 30-40 segundos com mostrador na cabina e HUD. Mostrou ser precioso num caça voando a mais de 250m/s.Os requisitos incluem baixo custo e baixo risco. A produção foi iniciada em abril de 2000. Cada HMD custa US$250 mil (US$ 100 mil em outra referência). O desenvolvimento custou US$65 milhões.Está planejado a compra de 1.743 JHMCS para as forças armadas americanas, sendo 216 para o F-15C/D, 404 para os F-16 Block 40 e 236 F-16 Block 50, 548 para os F/A-18E/F e 339 para os F-22A. O JHMCS entrou em operação com os F/A-18E/F Super Hornet do VAF-41 e VAF-14 embarcados no USS Nimitz em 2003 e foi usado operacionalmente no Iraque.A produção inicial custou US$10,4 milhões em 2000 para 36 sistemas para o F/A-18E/F Block 24. Em 2005 foi entregue o milésimo JHMCS.Um contrato de agosto de 2001 no valor de US$33,6 milhões foi assinado com a Boeing para entrega de 131 JHMCS. A Grécia irá receber 55 para seus F-16, a US Navy 39 para os F/A-18E/F Block 25, a USAF 28 para os F-16 e 9 para o F-15. A Grécia tem opção para mais 10 e a Austrália 6 para testes. A Boeing é a integradora do sistema e a VSI o fabricante.O contrato de agosto de 2002 no valor de US$24 milhões cobre 100 JHMCS para entrega até julho de 2005. São 12 para o F-15, 66 para o F-16, 22 para o F/A-18E/F e um para Austrália para testes.Um contrato de abril de 2003 (LIRIP 3) no valor de US$60,1milhões cobria compra de 300JHMCS e duraria 18 meses.O JHMCS foi escolhido para o programa de modernização dos F-16A/B MLU da Dinamarca, Bélgica e Holanda no fase M3 após os testes de agosto de 2003. O F-16B MLU Holandês já havia testado vários HMD em 1998. Foram 18 vôos em 12 dias com o GEC-Marconi Viper I e IV.




O JHMCS tem projeto modular e pode ser convertido rapidamente para visão noturna. Durante a noite o JHMCS será equipado com o Panoramic Night Vision Goggle (PNVG) desenvolvido pela Laboratório Armstrong da USAF. O programa foi iniciado em 1996 e usa a mesma interface do JHMCS. O PNVG pode mostrar imagem de FLIR com resolução de 640x 480 pixels. O PNVG não mostra simbologia e futuras versões do JHMCS poderá ter NVG integrado. O visor noturno PNVG (Panoramic Night Vision Goggle) difere dos óculos de visão noturna por ter quatro intensificadores de imagem de 20mm ao invés de dois de 16mm. Isto resulta em um campo de visão de 100 graus comparado com 40 graus dos NVG.





Estação de de regulagem do JHMCS.










O JHMCS pode engajar alvos no ar e no solo. Os pilotos de F-15E achavam que os F-16 teriam dificuldade para apontar os sensores do casulo Litening, mas o casulo foi feito para o F-16 e os pilotos apontavam a aeronave com os sensores alinhados. Os pilotos de F-15E tem um tripulante só para isso. Já com o JHMCS vai ser mais fácil ainda com o piloto tendo que apontar a cabeça.Próxima Parte: HMS/D EuropeusAtualizado em 14 de Setembro de 2007




Com os meus cumprimentos.
Costa Ramos











ESTE "BORREGOU" EM PAÇO DE ARCOS E FOI PARAR A...TAVIRA!


456-Fernando C.Branco
1ºSargºMMT 2ª/69 Moçambique
Terceira-Açores





AMIGO Victor.Espero que a esta hora; (aí, 24 horas), estejas no merecido descanso, pois eu, ainda ando a fazer voo nocturno...
Gostei do “último voo” do Augusto Ferreira...e como sempre, de ver fotos que ele nos vai presenteando.
Como os anos passaram, fico em dúvidas das Pessoas que estão nelas, mas parece-me que conheci o Zé Especial que está por trás dele, é o Alfredo Castro MMA da 2ª/69,da minha Secção e por nós tratado por “rali” (porque gostava muito de ralis, ou frequentava um Bar que se chamava Rali, para os lados da Parede)?!...
Sei que este, quando acabamos o Curso de Especialistas, ficou como eu, e mais, colocado na Ota, na EICPAC, (Esquadra de Instrução de Curso de Pilotos de Aviões de Caça)...
Entretanto não me lembro se foi para o Ultramar?
Sei que casou com uma Senhora da Abrigada e nunca mais o vi.
Espero que esteja bem.
Também com saudade recordo o trato que Ele tinha para comigo, tratava-me por “puto” e era o nº855/69...
Com um abraço agradeço mais uma vez ao Augusto, a vezes que aterra na NOSSA BASE de Recordações...
Quanto ao Nosso “PIRIQUITO” João, andou desenfiado?
Pois VICTOR, tu, como “ Comandante da Esquadra, (BLOG), quer queiras quer não” , devias dar-lhe um severo castigo, sem direito a amnistia, que corpo, segundo a descrição dele e a preparação que teve antes de ir para a FAP, pelos vistos chegou para o Sargento, não é o que mostra a foto???
Mas qualquer das maneiras, é bem-vindo e com um abraço, agradeço da minha parte a estima que ele tem por nós “velhinhos”, pode entrar sem pedir licença, (era o que fazíamos quando “maçaricos” queríamos entrar no Clube, nos primeiros dias de Cabissimos)!?...
Acerca do assunto desta foto que te envio, vou falar do Nosso Recruta da 2ª/69, 1187/69 da 3ª Esquadrilha, CARLOS MANUEL BRASIL BRAZ, Terceirense de nascença, depois de tirar a Recruta, marchou para a Vossa Escola PAÇO D, ARCOS, para Mecânico de Rádio, fez a primeira fase e depois desistiu, “borregou” (de certeza não foi por não gostar da praia que vós tanto falavam),foi parar a TAVIRA/ Exercito para tirar o Curso de Sargentos e após este, veio para os AÇORES, não deve ter gostado dos ares desse lado do Atlântico?!...
Os anos passaram, pelo menos trinta e nove, e não é que a nossa vida é cheia de surpresas e coincidências e num jantar em casa da minha filha Catarina, por altura das Sãojoaninas, tivemos um jantar de Família, ou seja eu e a minha cara-metade e com os Pais do Namorado da Catarina; para os conhecer conversa daqui e dali...









Quando falamos em tropa, viemos a descobrir que éramos da mesma recruta na OTA, pois Amigo, este nosso “asinhas por pouco tempo” é o Pai do Autor da Mensagem nº243, quem diria, teve conhecimento do Blog e disse-me ter saudades dos tempos que já começam a ser longos passados na OTA....
Actualmente, é Funcionário da EDA, (Empresa de Electricidade) aqui na Região,é muito bom “voltarmos” ao tempo da Nossa Escola!
Pois AMIGO, vou terminar o “meu voo nocturno” e faço votos que tenha sobrevoado bem pelos Vossos corações?!...
Um abraço, AMIGO, sempre com Espírito de Especial, do tamanho que o Atlântico tem...
Fernando Castelo Branco

ACERCA DO 80...

456-Américo Silva Esp.MARME 1ª/69 Guiné Angola
A RELAÇÃO ÓDIO/AMOR, ENTRE “PÁRAS” E “ZÉS ESPECIAIS” Caro Victor Li com a maior atenção e interesse a narrativa do nosso amigo António Dâmaso, acerca do soldado paraquedista “80”, Jaime Almeida de seu nome e de imediato veio-me à memória uma situação que aconteceu comigo e com o dito “80”. Como é sabido, muitas vezes a relação entre especialistas e paraquedistas não eram das melhores, principalmente quando haviam jogos de futebol de salão, onde alguns não chegaram ao fim... Apesar disso, íamos vivendo, quais irmãos do mesmo pai mas de mães diferentes. Naturalmente, como em tudo, também existiam fortes laços de amizade entre componentes das duas armas. Pelo meu lado, só tive amigos do lado do BCP e o “80” não foi excepção, talvez pelo facto de termos feito algumas operações conjuntas, onde o Lobo Mau era como que o seu Anjo da Guarda, principalmente por isso, existia uma relação de amizade e respeito mútuo. Num daqueles dias de “vendaval” nas relações entre “páras” e “zés especiais”, eu acabara de sair da camarata, dirigindo-me para a messe e utilizava a rua que servia interiormente o BCP e a Base, caminhando descontraidamente junto a uma das duas valetas laterais existentes na dita rua, quando sinto um “cascudo” na nuca, que me projectou para a frente, caindo na valeta, sem contudo me magoar. Surpreendido, levantei-me ao mesmo tempo que tentava perceber o que me tinha acontecido. Foi então que dei com um grupo de páras correndo nessa via e tudo que encontravam pela frente, primeiro “cascavam” depois é que dialogavam, onde o “80” era um deles. Ao levantar-me, ele e conheceu-me e de imediato pediu desculpa, justificando o sucedido, tudo devido à ocorrência de desacatos entre o pessoal. Então os “ofendidos”, que na altura estariam em minoria face aos “ofensores”, foram buscar reforços ao BCP e agora era a “revanche”...qual tornado, pois tudo que aparecia pela frente era “varrido”... Não me recordo já como tudo terminou, porque, conforme passaram por mim e continuaram correndo, eu recompus-me do “embate” e lá segui o meu destino, reflectindo naquilo que num ápice me tinha acontecido, chegando à conclusão que havia sido apanhado no local errado, à hora errada... Américo VB. Entretanto,o Américo faz o seguinte apelo: OLá Victor Li no blog a informação sobre a confraternização do pessoal do Negage.Peço-te o favor de passares a esses ex-camaradas o meu pedido.
Estive no mês de Agosto, na antiga Base do Negage, em visita.
Gostaria de pedir ao pessoal que cumpriu serviço naquela unidade, que possuam fotos da mesma, ou de outra unidade de Angola, o favor de as enviar para o meu e-mail: americodimas@gmail.com .
Estou a fazer uma colectânea de todas as unidades da FAP em Angola e essas imagens são importantes para mim.
Um abraço Américo

DOIS NUM...É O BRANDÃO!

455-Salgado Gonçalves
SargºChefe 1ª/68
Guiné
Lisboa





Olá Victor.
Esta tem por fim esclarecer ou tirar umas dúvidas, o Pil Brandão que eu falo e que aparece na foto enviada por mim, não é a mesma pessoa que aparece na foto enviada pelo companheiro Joaquim Mexia Alves, daí se pode concluir que: poderia haver dois Fur Pil com o nome de Brandão, que eu posso estar enganado. Outra dúvida minha é se haveria Sargentos Pil a voar em A-7.
Contudo esta é a verdadeira prova que sou completamente despassarado no que toca a nomes e fisionomias.



Foto em que estou com o Fur.Pil.Jaime Brandão.



Foto em que está o Cap.Pil.Jaime Brandão.


Cumprimentos,até uma próxima

Salgado Gonçalves

VB: Pois é Salgado,é efectivamente da mesma pessoa que falam as duas fotos,tal como tu foste a Chefe,o Brandão foi Cap.Pil..
É verdade,depois do 25 alguma da malta com quem voei na Guiné como Fur.Pil,passou para o quadro e a oficiais Pilotos,foi o caso deste companheiro,penso que o Jordão,etc.
Posteriormente saíram para aviação civil.
Curiosamente confirmei a veracidade dos factos junto de um seu grande amigo de infância,e mais tarde reencontrados na Guiné,o nosso "Aviador do Exército" Joaquim Mexia Alves, que nos deu a honra de incorporar a nossa Tertúlia.

MAIS UMA VELHARIA...


454-João de Sousa


Esp.OPC 2ª/69 Negage- Angola
Braga








MAIS UMA VELHARIA…
Para toda a Linha da Frente e em especial para o seu Patrono, Victor Barata, envio as cordiais saudações de amizade e sã camaradagem.
Começo por satisfazer, penso eu, parte da curiosidade demonstrada pelo companheiro Rui Elvas, na sua MSG 421, em saber que tipos de fardas é que se usavam entre 1960-1970.
Pois bem Rui: se ainda não reparaste na MSG 417 do Fabrício Marcelino (em que ele está a rigor com a farda de saída, se não estou em erro esta foi alcunhada de pele-de-rato por ter mais ou menos a cor do mesmo) e na minha MSG 428, na primeira foto estão mais dois exemplos de fardas posteriores: a da esquerda era uma farda de cor bege torrado e a minha (a azul) que ainda hoje se mantém com mais algumas variantes.
Quanto às referidas boinas nada sei.
A foto é de Agosto de 1971.
Um abraço!
Quanto ao complemento que o Pedro Garcia enviou, posso acrescentar que o número de baixas nessa operação, por parte do adversário, foi de 44, tendo sido feitos ainda 7 ou 8 prisioneiros, um dos quais me ofereceu um livro que conservo e do qual tirei um «scanner» da folha de rosto.








Este livro está(?) em dialecto Quimbundo ou Quicongo (quem puder dar uma ajuda, diga).
É óbvio que se trata de um manual religioso.Pedro: repara na data que lá está: 23-8-73 (os manuscritos são da mesma altura).
Não sei em que data foste para Luanda, mas essa operação foi desencadeada pelas sete da manhã tendo o arsenal bélico chegado ao Toto (AM32 – eu estava lá destacado) no dia anterior porque o trilho já tinha sido detectado dois ou três dias antes junto à fronteira com o Congo.
A operação foi desencadeada por ar e terra tendo o adversário ficado encurralado numa curva de um rio que não me lembro agora o nome: se puderes ajuda.

Arlindo Pereira (Piriscas) meu caro: nunca fui aos encontros que referes do pessoal do Negage por completo desconhecimento da realização dos mesmos. Quanto ao pessoal que referes nas fotos, posso dizer que estive com o Sacramento em 2007, em Leiria, na confraternização do pessoal da 3/69.
Não me podia esquecer do nome Monteiro tanto mais que fui substituí-lo em 1971 no Negage. Porque o Sacramento teve que vir ao curso de Furriéis, fui substituí-lo ao AM32 Toto (AM dependente do AB3, como sabes).
Olha Arlindo: se a gente já não se lembra dos nomes da malta do tempo de meninos, fará agora com aquelas fotos que enviaste (as quais agradeço) com o pessoal a ir para a Terceira (não a do Fernando Castelo Branco).
Quando for altura do encontro diz-me algo, OK?
Até lá, passa bem!
Parabéns pelo novo rebento!!! Seu babado!
Abração!!

Victor: para terminar, porque já vai longa a conversa, gostaria de fazer um apelo ao Carlos Ferreira, meu pai militar, Digníssimo Presidente do Núcleo de Coimbra da AEFA – Associação de Especialistas da Força Aérea, para, caso seja possível, dizer que está vivo!!!
Ou será que anda pelo Leste de Angola (N’Riquinha, Luso, Cuito Cuanavale, Cazombo, etc.) a reparar emissores???
Um abraço para todos e até uma próxima!

João Sousa

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

REGRESSO DO FILHO PRÓDIGO.


453-Rogério Nogueira

1ºSargº MMA Tete

Terceira-Açores



Mui ilustre companheiro Victor.
No passado dia 30 de Novembro de 2006, fez 30 anos que os "Pumas SA-330" aqui da Esquadra 751, da BA4, se retiraram do serviço.
Fez-se uma festa de despedida aos mesmos, com convidados que, inclusive, vieram do continente no C-130 da FAP. Convidaram, inclusivamente, quem com eles trabalhou e montou a Esquadra (entre eles EU).
Posso afirmar que fui um dos FUNDADORES da Esquadra.
Só não entendo o "esquecimento a que fui vetado para essa nobre ocasião", sim, com conhecimento da minha morada definitiva e permanente que a FAP tem conhecimento desde o ano 2000.
Fui lembrado por diversos companheiros, entre eles o nosso Fernando, o T/C António Cunha (actual Presidente da Protecção Civil dos Açores), o ex-TEN/PIL Vasconcelos, de alcunha o "bébé"(actual Director de Operações da SATA, salvo erro) e outros, que de algum modo estranharam a minha ausência.
Não nego que me senti ofendido, chorei, mas recompus-me.
QUEM NÃO SE SENTE, NÃO É FILHO DE BOA GENTE.
Entendo que a falta de carácter de pessoas que se esquecem de quem os "empurrou" para cargos altos, apenas demonstra a actual "revolução da vulgaridade" regada a pagode, parece, até, libertar as suas pesadas consciências...
Bom, mas com referência ao dito em "Assunto", fiquei feliz por vê-los de volta.
Aqui, Victor, te envio fotos do Puma SA-330 que me veio cumprimentar, como querendo penitenciar-se do mal cometido por outros, ditos inteligentes...








As fotos foram tiradas da minha casa.
Espero, se DEUS quiser, ir com o nosso Fernando, dentro em breve, visitá-los.
Por ora é tudo.
Forte abraço para Ti e restante tertúlia.
Rogério Nogueira



VB. É verdade Rogério,à por ai muito boa "gentinha"que esqueceu depressa o passado,mas desses não reza a história.








FORTALEZA.


452-Pedro Garcia
Esp. OPC 3ª/69 Angola






Complementando o que o Sousa diz, na msg 428, a nossa "guerra" no, Norte de Angola seria de um tipo diferente, era mais o "bate e foge", os turras,em pequenos grupos, emboscavam, davam uns tiros e depois piravam-se deixando o pessoal desorientado a tratar das mazelas.Claro que havia as excepções.
O Gen. Costa Gomes, quando foi comandante chefe em Angola mandou criar umas unidades de busca e intercepção do inimigo.
No Norte, a partir de Luanda, foi criado um grupo cuja linha da frente era constituída pelas máquinas, respectivos pilotos e mecânicos, um OPC com o respectivo equipamento, (em Zala devido ao elevado movimento tivemos que ser dois), mais um grupo de paraquedistas com pisteiros.
Quando havia notícias/suspeitas de infiltração de colunas inimigas, a partir da fronteira Norte e com destino á mata dos Dembos o grupo era organizado e partia á procura deles, baseava-se nos destacamentos da FAP, como São Salvador e Toto, ou em acampamentos, do exército como Zala, Ambrizete e outros.
Na retaguarda, em Luanda, ficavam, em stand-by, os Paras e os Comandos que seriam chamados em caso de perspectiva de contacto significativo.
"Fortaleza" era o indicativo, em fonia, do nosso sistema de comunicações que estava ligado ao Comando da Região Aérea de Angola.Em todo o caso tivemos uma guerra tranquila, faziam-se alguns prisioneiros, na maioria putos da nossa idade ou menos, tivemos duas baixas nas tropas de quadrícula e no recontro final o inimigo teve um grande número de baixas,(não sei quantas pois na fase de rescaldo voltei para Luanda para embarcar, para Lisboa, em fim de comissão).
Recordo os nomes de alguns pilotos, Major Aleixo Corbal, que viria a ser CEMFA, Major Roque, Cap Caldas, Furriéis Burguete e Cristo, o Maeq Pereira, da 3ª/69 e o meu grande amigo, OPC, Abílio Pedro, também da 3ª,/69.
Um abraço Garcia

sábado, 20 de setembro de 2008

RECRUTA II.




451-João Carlos Sousa
Esp.MMA 2ª/79 BA 4
Sobreda



Companheiro Victor,

Regressado à vida real e depois de algum tempo de "aquecimento dos reactores" e de leitura em dia, o nosso blog tem tido uma participação fantástica em quantidade e qualidade, envio mais uma lembrança da minha passagem pela nossa FAP.
Como já terás reparado, as poucas estórias que tenho enviado têm uma ordenação cronológica e assim, para quem achar de interesse, humildemente tentar ilustrar uma época mais recente que a vossa no pós-guerra colonial, além do meu próprio prazer e necessidade de partilhar estas vivências com quem pode entender esta passagem das nossa vidas.







A Recruta - II



A recruta na nossa OTA foi passada com normalidade no que diz respeito às provas físicas regulares e aos "pagamentos" extraordinários que tantas vezes nos eram exigidos.
Tinha feito sempre desporto no Lisboa Ginásio Clube, clube de grandes tradições e situado ainda hoje na velhinha rua dos Anjos em Lisboa, e, especialmente nesse último ano, tinha sido atleta federado de luta greco-romana e luta livre olímpica, pelo que elevações, flexões, abdominais e mesmo os pulos de galo eram feitos com extrema facilidade.
A propósito dessa minha experiência nas lutas amadoras, uma tarde e junto à carreira de tiro, onde aprendíamos e treinávamos as capacidades de tiro com G3 e pistola Walther 9mm (que na minha mão e nos meus jovens 17 anos dava um coice tremendo), o 2º Sargento Margaça descobriu essa minha passagem pelas ditas lutas, ora sendo ele de Runa, localidade na região Oeste com vastas tradições nas lutas amadoras, não perdeu a oportunidade de me "obrigar" a um combate ali mesmo.








Se tiverem a paciência de ver a fotografia da foto de grupo da 2ª de 79 que o Víctor Barata publicou no "nosso" blog, depressa poderão perceber o resultado desse combate.
Eu ajudo, na 1ª fila eu sou o 4º a contar da esquerda e o 2ºSargento Margaça está ao meu lado. Como não éramos candidatos a Tropas Especiais, a recruta não era especialmente violenta, no entanto, a maior dificuldade no aspecto físico foi a semana de campo, pois, no primeiro dia, fizemos uma marcha de cerca de 60 kms, segundo disseram os instrutores (a mim pareceram-me 600).
Partimos de madrugada completamente equipados, transportando a G3 e a mochila com o respectivo material da semana de campo, incluindo as extraordinárias rações de combate, com a chegada ao local do acampamento a acontecer já de noite (apesar de estarmos em Julho).
Este dia foi duro, tendo havido várias desistências pelo caminho.
No meu caso, tendo chegado ao fim, os pés cederam e ficaram cheios de "bolhas", apesar de ter calçado 2 pares de meias por sugestão dos mais "experientes".
O tratamento dado no acampamento foi o corte da pele que cobria essas "bolhas" pelo que no regresso, em sistema de orientação por patrulhas de 11 elementos, em vez de pele estava "carne viva" e as dores eram muitas.
Neste exercício ficou patente de forma indelével o espírito de camaradagem.
Todos me ajudaram a chegar ao fim, aliviando-me do peso da mochila ou da G-3, o Luizinho, por exemplo, carregava a dobrar e ainda assobiava alegremente (talvez para espantar a dificuldade). Breves passagens da nossa vida que não se esquecem.
Agora que estou a reler o texto anterior, mais uma vez me lembro de uma boa lição de vida pois apesar de me achar muito forte e pensar que tudo poderia vencer, algumas provas surgiram para me mostrar que tal não era verdade e, no final, o espírito de grupo e de camaradagem é o que nos pode levar mais além.
Desculpem a "seca" destas passagens que em nada se comparam às dificuldades vividas por todos vós na Guerra do Ultramar e que eu tão atentamente leio, mas a honra e orgulho de ter pertencido à nossa FAP e de ter sido Especialista penso que devem ser os mesmos.
Saudações Especiais a todos os Companheiros da Tertúlia da Linha da Frente e aos Visitantes deste espaço.
João Carlos Silva



VB: Olá João.
Não sei bem como vai ser,a licença era de um mês e tu...abusas-te! Ainda com agravante de seres "piriquito",não sei se te vou conseguir safar das altas esperas da Tertúlia?!...Vamos esperar!
Pois bem João,tal como tu cativas as nossas histórias,nós também gostamos de saber como foi e como vai a nossa FAP depois de nós.
Por isso é que estamos sempre à tua espera na placa da "LINHA DA FRENTE".

OPERAÇÃO NÓ GÓRDIO II.


450-António Dâmaso
SargºMor Paraquedista Guiné

Odemira





Moçambique
Distrito de Cabo Delgado



A minha companhia fazia parte do Agrupamento de Intervenção B:
1.ª CCP do BCP31; 1.ª CCP do BCP 32; 2.ª CCP do BCP 32; C. Caç. 2468; C. Caç- 2665;Grupo Especial 205; 2 Pelotões de Morteiros 81 mm; 1 Destacamento de Engenharia; 1 Bateria de Artilharia de 88 mm.
À minha companhia, coube de inicio a missão de fazer a segurança à Engenharia, Morteiros e Artilharia, que a determinado ponto da picada de Nangololo para Miteda, saiu para a direita, abrindo picada nova, levamos dois dias a chegar ao objectivo, já na denominada Base Beira, se memória não me falha, quando estávamos a montar o Acampamento, caíram algumas morteiradas, tendo uma delas rebentado numa árvore e provocado três feridos ligeiros.
Depois, foi mais do mesmo, heli-assaltos a Tabancas abandonadas na hora, Quadricula, estive um mês sem mudar de roupa e tomar banho, o camuflado mais parecia um oleado, tive matacanhas nas unhas dos pés, assisti a duas situações me marcaram pela negativa, por serem melindrosas nunca as contei, mas entendo que estas coisas devem ser contadas para se saber que as guerras, transformam seres humanos em monstros, e na conveniência de as evitar a todo o custo:
Um dia íamos em patrulhamento, tivemos um contacto com o in houve tiroteio, apanharam-se algumas armas e fizeram-se prisioneiros, entre estes, uma “guerrilheira”, mãos atadas atrás das costas, presos com uma corda atada ao pescoço para não haver o risco de querem fugir.
Continuamos na patrulha e à noite pernoitamos no mato, tropa distribuída em círculo com os prisioneiros no meio guardados por um militar, noite dentro quando quase toda a gente dormia, digo quase, porque estava acordado, em dado momento vejo uma cena que nem queria acreditar no que estava ver, um alferes aproximou-se dos prisioneiros, disse ao militar para se virar para o outro lado, e abusou ali mesmo da mulher, dando azo ao seu instinto animalesco, o indivíduo não era da minha Unidade, aquilo revoltou-me, mas senti-me impotente para por termo à situação, porque não tinha sido pessoal da minha Companhia que os tinha aprisionado, nem estavam à nossa guarda, eu estava naquele lugar naquele momento, por em tempos passados tentar defender um mais fraco, se fosse fazer ondas quem se tramava era eu. Naquele tempo dizia-se abusou, serviu-se, hoje tem outro nome, violação e é crime.
Noutro dia em mais um patrulhamento, em dado momento houve ordem de sair imediatamente da picada e em silêncio emboscar, repentinamente rebenta o tiroteio mas os tiros saíram só das nossas armas, ouviu-se uma voz de comando de alto ao fogo, quando vi que os pseudo-guerrilheiros eram mulheres e crianças, senti vómitos e só não vomitei porque não tinha nada no estômago. Alguém teve o bom senso de mandar evacuar os feridos, também ouvi desabafos de desculpas, “estes filhos da p… dos turras têm a mania de mandar as mulheres à frente” depois disto, senti que os valores que me tinham sido ensinados e que defendia, não se identificavam com este tipo de guerra, não tinha feito fogo mas para mim, foi como se o tivesse feito.
Lá fui aguentando conforme podia, sentia-me mais uma vítima do sistema, o sistema tem as costas largas e é o bode expiatório dos erros dos humanos, até que adoeci com malária e fui evacuado para Moeda.
Foi uma evacuação de “luxo”, via Berliet, lá disse mentalmente: Seja o que Deus quiser, porque viajar de Berliet, era pior que andar no mato aos tiros.
Quando entramos na picada Nangololo Miteda lá estava o local onde tinham ido pelos ares duas viaturas blindadas, por acção de fornilhos, ainda se viam pedaços de camuflados presos nas árvores, nessa noite pernoitamos em Miteda, só no outro dia chegamos a Moeda.
Em Moeda existia um chamado Hospital de Campanha onde estive internado dois dias e depois fui evacuado para Nacala, via Nampula em 08AGO70 e fiquei convalescente no domicílio por 15 dias, tendo acabado por ali a minha guerra em Moçambique.
Comecei andar na Consulta Externa no Hospital de Nampula, onde baixei por duas vezes em 30OUT70 fui de novo transferido para a CMI, tinha por missão fazer as escalas de serviço da Companhia e inventariação de todo o material, à carga, com a colaboração dos companheiros Especialistas de Abastecimentos e continuei a andar em consultas até Janeiro.
Em 08FEV71 fui transferido em diligência para o COMRA 3 Nampula, onde entre outras tarefas, fiz segurança em voo aos aviões bimotores turbo-helice que faziam o transporte de pessoal entre as localidades de Porto Amélia, Marrupa, Mocimboa da Praia, etc. Estava habituado a poços de ar mas um dia em que fui a Marrupa, apanhámos um temporal com trovoada, além dos poços de ar, o avião tremia e abanava todo, foi mais uma experiência.
Em 09MAR71 regressei novamente a Nacala onde permaneci até 25JUN71 data que marchei para o COMRA 3 Lourenço Marques para me ser conferido o itinerário para a Metrópole, estive dois dias em Lourenço Marques, embarquei num Skaimaster carregado de helis para a revisão nas OGMA, o avião esteve avariado em Luanda 3 ou 4 dias, só cheguei a Tancos no dia 05JUL71.
Em resumo, em Moçambique (Nacala), além da porcaria da guerra e da doença, havia coisas boas como bom peixe fresco, camarão bom e barato, lagosta a 30 paus o Kg, as boas cervejas Laurentina e 2M, as praias de Fernão Veloso e na Baia de Nacala, onde eu um dia andava entretido a admirar os peixinhos e depois tive de ir só com os calções e descalço para casa, por me terem roubado tudo.

António Dâmaso

RECORDAR COM SAUDADE.


449-Rogério Nogueira
1ºSarg.MMA Tete

Terceira - Açores



Fizemos um apelo num comentário a uma mensagem a quem soubesse pormenores sobre o acidente aéreo que aconteceu no dia 5 de Julho de 1978,na Serra de Stª.Bárbara,na Ilha Terceira, nos Açores,com um Aviocar da FAP,que nos fornecesse elementos válidos sobre o acontecimento.

Do nosso companheiro Rogério Nogueira,recebemos a seguinte mensagem:



As Velas,Ilha de S.Jorge,Açores vista do topo da serra



1 - O Aviocar realizava um voo de treino, por sinal o último de instrução que o T/C Lavrador ministrava ao T/C Bettencourt.

2 - A tripulação era constituída pelo T/C Lavrador, T/C Orlando Bettencourt e pelo PSar/MMA Luís Maria Vitorino.

3 - O acidente deu-se ao final da manhã / princípio da tarde do dia 05/07/1978 e após intensa busca aérea e também com a colaboração de um destacamento do Regimento de Infantaria 17 (por terreno), a descoberta foi dada por um C-130 da FAP que vinha de Lisboa.

4 - Os destroços foram descobertos num local de nome "Mistérios" junto da Serra de Sta. Bárbara.

5 - Na Capela de Nossa Senhora do Ar do Comando Aéreo dos Açores foi feita uma velada a partir da meia-noite e foi celebrada missa exequial antes do levantamento dos cadáveres.

6 - O T/C Pilav Lavrador era casado com a Sra. D. Maria Antónia Lavrador, o T/C Pilav Orlando Bettencourt com a Sra. D. Isabel Maria Bettencourt e o Psargento Mecânico Material Aéreo Luís Maria Vitorino com a Sra. D. Maria Margarida Gomes Vitorino. Na altura todos deixaram filhos menores.

7 - Os corpos dos T/Coronéis seguiram para Lisboa, num C-130 da FAP, no dia 06/07/1978 pelas 09,00 horas e o funeral do PSar/MMA Luís Vitorino realizou-se no mesmo dia, ou seja, 06/07/1978 pelas 11,00 horas, para o Cemitério do Livramento.

Se conseguir mais informações, logo te darei conhecimento delas.

Espero que esteja tudo bem com vocês.

Forte abraço do


Rogério Nogueira


PRONTO!...EU TAMBÉM COMPARECI NA FORMATURA DA MANHÃ.



448-Fernando Castelo Branco


1ºSargº.MMT 2ª/69 Moçambique
Terceira-Açores















AMIGO Victor
Pelos vistos e já estranhamos, quando não apareces, ´”já estiveste na formatura da manhã”?!...
Pois AMIGO, como dizes o PDI, já começa a estar “fraco”, e é verdade, porque por muito que nos custe, é a realidade da VIDA?!...Os anos passaram e a nossa Juventude é outra agora, também mudamos de “ fachada e de telhado”.
Uns com os “vendavais da VIDA”, ficaram destelhados, outros mudaram de cor?!...
Mas é BONITO, rever “as feições”, (expressão açoriana do aspecto fisionómico) nas fotos , que aparentam estarem, “rosadinhos” como quando começaram a Recruta...













Pois as fotos que o PIRISCAS mandou e tu pacientemente continuas a colocar no Blog/Baú...só me lembro e conheci o Nosso MMT Pedro,”descalço” está na primeira e na última foto...
Tentei recuar e ver se conseguia identificar mais alguém, mas não, tenho dúvidas de um, conhecido por “Santo Tirso” que era Electricista e que esteve na Terra Chã em 1972???
É o que está a limpar-se ao guardanapo na terceira foto e também está na quarta...OBRIGADO e um abraço como o ATLÂNTICO...

Fernando Castelo Branco


VB:É verdade Fernando,realmente este espaço já faz parte da minha rotina diária,muitas vezes com alguma dificuldade,mas é por esta nossa família dos ZÉS ESPECIAIS que bem merece.
Algumas vezes até,com algumas "calinadas ortográficas"mas felizmente,à sempre um companheiro que me chama a atenção para a sua correcção.
Desde o meu agradecimento,mas uma das vossas obrigações é "corrigirem-me"!