quarta-feira, 31 de outubro de 2007

RTP: O(IM)POSSÍVEL DEBATE SOBRE A GUERRA.








34-Joaquim Mexia Alves
Ex-Alf.Mil.Operações Especiais (Exército)


Guiné 1971/1973
Xitole,Mato Cão/Rio Undunduma e
Mansoa.


Camaradas da Guiné:
Assisti ao (programa)
Prós e Contras,mas confesso que me começou a faltar a pachorra e fui-me deitar.
Acho que aquele formato de programa,já não dá.Fico sempre com a impressão que o programa se podia chamar
"Fátima e os seus convidados",pois a maior parte das vezes ela fala mais que os convidados e constantemente interrompe o discurso e a linha de pensamento dos mesmos.
Bem esta é minha apreciação,outros verão de modo diferente!
Quanto ao
debate:Apesar de já ter passado muito tempo,provávelmente ainda é pouco,porque se nota que as paixões estão à flor da pele.Ou seja,todo o debate está eivado de politica e por isso mesmo muitas vezes carece de objectividade.
Claro que seria difícil falar de uma guerra destas sem falar da política ou do ponto de vista
político,mas a guerra não se resume apenas à política.
Passaram a maior parte do tempo a discutir se a guerra era do ultramar,se colonial,se de libertação.Ora,abóbora,conforme o pensamento de cada um ela terá a designação que cada um lhe quer dar:(i)Do ultramar,porque uns acreditavam ou queriam acreditar servindo os seus interesses,que aqueles territórios eram parte integrante do "
todo nacional";(ii)Colonial porque aqueles que viam ou queriam ver,servindo os seus interesses,aqueles territórios como colónias;(iii) De libertação porque aqueles que,sendo desses países a fizeram,porque aqueles
que sendo desses países as opiaram,mas lembrando que alguns,sendo desses países,com ela não concordavam,e por isso não seria para eles de libertação.
Como foi chamada a guerra das Malvinas?Do ultramar pelos ingleses,colonial pelos argentinos,de libertação pela população,ou alguma população?
Não me parece que isso seja muito importante,pelo menos para mim não é.
Agora pode-se discutir esta guerra do ponto de vista político,do ponto de vista militar e do
ponto de vista político-militar.
Naquele
debate parece-me ter-se discutido apenas o ponto de vista político e,como tal,deu em nada.Acaba por se ver e ouvir sempre os mesmos a dizerem as mesmas coisas,citando outros,mas sem grandes provas que eles o tenham dito,servindo-se de frases muitas vezes tiradas do contexto,etc,etc.
E os milicianos?E aqueles que não eram militares profissionais e oriundos de diversos pensares e vivências?O que pensam eles?Alguém viu?Alguém sabe?Alguém quer saber?
Afinal quem fez a guerra,na sua esmagadora maioria,foram os militares de carreira ou os milicianos?
Com isto não estou de modo nenhum a colocar de lado os militares profissionais,que os há e muitos,cheios de competência e dignidade,e que me orgulho de ter servido sob o seu comando.
Mas a verdade,e é a minha opinião,é que a maior parte tenta sempre demonstrar que a guerra estava perdida,e isso
cheira-me muitas vezes a uma qualquer justificação!
Claro que a guerra estava perdida!Estava perdida políticamente,como qualquer guerra daquele tipo,e pelo desgaste e a pressão internacional,estaria também perdida
militarmente,pois demorasse o tempo que demorasse acabaria na independência daqueles povos.
Mas agora,e era isso que gostava de ver debatido com verdade e sem
paixões politicas e outras,verdadeiramente porque se diz que a guerra estava perdida militarmente na Guiné?
É uma afirmação permanente,com a qual eu não concordo,e até agora ninguém me demonstrou o contrario.
Com isto não quero dizer que não fico muito feliz com a independência da Guiné,(gostava de ver um país próspero e um povo feliz),mas sim que se pode analisar a situação,não por dois ou três lugares ou acontecimentos,mas pelo todo.
Vejamos a titulo de exemplo:
Estive de Dezembro de 1971 a Dezembro de 1973 na Guiné e durante esse tempo,que eu saiba,não houve nenhuma emboscada ou ataque a qualquer coluna na estrada Bambadinca/
Xitole,ou Bambadinca/Bafatá,ouXitole/Saltinho,ou,julgo eu,Bafatá/Gabu (Nova Lamego).
Não houve,que eu me lembre,qualquer ataque a barcos no Geba,entre o Xime e Bafatá
Em Mansoa estávamos a abrir a estrada de Jugudul,(salvo erro),Portogole e a mesma avançava,claro que com algumas acções de guerra,mas nada que a impedisse.
Montei várias vezes protecções a colunas na estrada entre Mansoa e Mansabá,na zona do Morés e as colunas passaram sem incidentes.

Isto são só alguns exemplos que logicamente não retratam também o que se passava em toda a Guiné,mas parece-me que os trágicos episódios de Gadamael,Guileje e Guidage acabaram por determinar essa informação, que a guerra estava perdida militarmente.
Em muitas guerras,em muitos lugares,ao longo da história do mundo,se perderam algumas
praças,mas não se perdeu a guerra.
Em Angola a guerra estava perfeitamente controlada e isto penso que é opinião geral.Em 1974 e 1975 fiz milhares de quilómetros no interior de Angola e nem um pequeno incidente aconteceu.Assim o esforço militar que se estava a fazer em Angola,podia ser desviado em parte para a Guiné,mormente Força Aérea com outra capacidades,o que poderia mudar muita coisa na Guiné.
Com isto não estou a dizer que queria que a guerra continuasse!Não,nem tal me passa pela cabeça,ainda bem que acabou,para todos nós,Guineenses e Portugueses!
Apenas quero dizer que, na minha opinião, a guerra militarmente não estava perdida,ou pelo menos ainda não mo conseguiram demonstrar.
Sei que esta é uma abordagem polémica,e que a
análise que aqui faço,(se é que se pode chamar análise a este arrazoado de ideias),não demonstra coisa nenhuma,mas talvez suscite discussão sã sobre méritos ou deméritos das Forças Armadas Portuguesas,às quais pertencemos,embora alguns dos seus elementos nos queiram esquecer.
Agora deixo-vos isto escrito para fazerem o que quiserem,no sentido de que só com serenidade,com distância política e emocional é possível fazer uma verdadeira discussão e análise ao que foi a Guerra da Guiné.
Eu sinceramente não sei se tenho essa distancia,sobretudo emocional,para me abalançar à discussão.Mas se não formos nós que estivemos no terreno,quem o fará?
Abraço forte do
camarigo (camarada e amigo)

Joaquim Mexia Alves



VB- Companheiro,é realmente interessante e conclusiva esta tua análise ao referido programa,eu próprio já tinha já a tinha feito para publicar,mas depois de ler esta...deitei-a ao lixo!Neste País,plantado à beira mar,continua a dar-se relevo ao titulo e extracto social!
Já que não temos acesso á RTP,gostava mos de receber neste Blog os comentários devidos tanto ao programa
"Prós e Contras" como a "Realidade do Mexia Alves.
Não esquecer que todos comentários ou mensagens para publicar neste Blog,são endereçadas a:

email:barata.victor@gmail.com








domingo, 28 de outubro de 2007

MAIS UM QUE NOS DEIXOU!...

33-Mensagem do Fernando Castelo Branco
MMT 2ª/69



Amigo Victor Barata,é com alguma nostalgia que te endereço esta mensagem da partida definitiva do "NOSSO" PUMA-SA330.

A sua operacionalidade salvou muitas vidas e trouxe outras ao mundo!

Esq./Dirª Sargº.Mor. Coelho,Eu,(Fernando C.Branco)e Sargº.Mor.Felizardo


Descolagem do PUMA SA 330

E...a despedida!Isso mesmo,o PUMA SA 330 deixou-nos para sempre!!!



1ºVoo operacional do PUMA SA 330 realizou-se no dia 23.10.70,em Stª.Eulália,Angola.


Dimensões:

Comprimento:18,15m

Envergadura: 15m
Altura: 5.14m

Peso Total: 3.770 Kg

Performances:

Velc.Máx.258 Km/h
Autonomia: 5h

Motores:


2 Motores Turbomeca Makila c/potência de 1.900 CV
Força /Motor 1.175 KN

Saudações ESPECIAIS!


Fernando C.Branco


VB: Companheiros,como devem ter reparado,houve uma "graffe" da minha inteira responsabilidade,ao inserir fotos do Heli EH-101-Merlin.Apresento as minhas desculpas e agradeço ao nosso "ZÉ" Pedro Garcia o reparo.Obrigado Pedro!








sábado, 27 de outubro de 2007

De um Companheiro do Exército.





32 Mensagem de A.Marques Lopes
Alf.Mil/At.Infª -Exército
Guiné 67/69


Caros Camaradas:
Neste período em que a guerra colonial e as suas guerras de libertação das ex-colónias portuguesas têm estado em algumas paragonas
("Prós e Contras"e"Guerra",altura em que muitos,e jovens,já viram "As Duas Faces da Guerra" ,tão especial para nós que estivemos na Guiné,dou-vos a conhecer este texto,que muito me espantou:
Na Guiné,sabemos,havia a Casa Gouveia(CUF),que explorava os seus naturais na mancarra e no coconote,os comerciantes libaneses(Taufik Saads e outros...)que os exploravam pelo comércio.Mas este texto fez-me lembrar o Landorf,nazi fugido da Alemanha,que tinha um comércio em Geba e actuava como o "caixeiro" deste texto.
E o meu grande espanto vem do facto de isto ter sido publicado no "Boletim Cultural da Guiné Portuguesa",Volume VI,nº22 de Abril de 1951,relatando as agruras de um balanta esfaimado e a forma como um comerciante branco se aproveitou disso para o explorar.Friza a submissão dos mais velhos,por força da tradição secular,e os desejos de liberdade deste balanta jovem face à exploração a que era submetido.
O autor é Fernando Rodrigues Barragão e encontrei-o em http:// senegambia.blogspot.com(que recomendo).
Abraços.

A.Marques Lopes
Actualmente Coronel Reformado (Ferido em Combate)

A Justificação que faltava.


31-Mensagem do Editor,Victor Barata.
Ilustres Companheiros,quero através desta simples mas significativa mensagem apresentar as minhas desculpas
á "LINHA DA FRENTE"por este interregno de notícias.
Sei ,pelo que me é transmitido pelos nossos Tertulianos,que este espaço passou a ser local obrigatório de visita e ligação entre Companheiros de todos os momentos,tristes e alegres,fáceis e difíceis,passados na vida militar, quer no Continente,Ilhas ou Guerra Colonial.
Mas esta curta,para alguns longa,ausência de noticias,foi motivada pela minha actividade profissional me ter exigido uma dedicação,pontualmente,mais efectiva.
Depois a realização de uma actividade académica na Região de Lafões,organizada pela Casa da Académica em Lafões,da qual sou o presidente da Direcção,em parceria com a Associação Académica de Coimbra,casa mãe,obrigaram-me a que a minha assiduidade não fosse aquele que todos NÓS merecemos.
Prometo repor toda a escrita em dia!
Quero também aproveitar a oportunidade para manifestar a satisfação de já termos atingido e ultrapassado os 5.000 visitantes,equivale a mais de 1.000 visitantes mês.
É o mote para que continuemos a participar,e não só,dar sugestões,formular e introduzir alterações,divulgar o Blog junto daqueles que o não conhecem,faz com que esta "LINHA DA FRENTE"seja o nosso ponto de encontro á distância.
Saudações ESPECIAIS!
Victor Barata

sábado, 20 de outubro de 2007

PRÓS E CONTRAS-COMENTÁRIOS AO DEBATE.



30-Mensagem do Inácio Silva
1ºCabo Exército AP.MET
Mansabá - Guiné 70/72



Caros Amigos e ex-camaradas:
Presenciei o debate na RTP 1,na passada segunda-feira(15.10.2007),sobre a Guerra do Ultramar,de principio ao fim.
Salvo as intervenções dos membros das associações de defesa dos ex-combatentes,o resto foi tudo "déjà vu":não vislumbrei nenhum interesse ,em especial.
Um debate em que maioria dos intervenientes são ou foram oficiais superiores ou generais.obviamente,só poderia versar sobre as questões belicistas ou politico-belicistas.Estes senhores não têm contas a pedir ao Estado,porque,sendo do Quadro Permanente,viram todas as suas regalias satisfeitas,na plenitude.Onde estavam os milicianos e os praças?Provavelmente na plateia.Alguém lhes perguntou alguma coisa?Disseram de sua justiça?Nada!
Todos sabemos que as guerras deixam sequelas de vária ordem;pais que viram desaparecer os seus filhos,esposas,namoradas e amigos que viram partir os seus entes queridos,filhos órfãos de pai,muitos deles nem sequer chegaram a ver o progenitor...Cidadãos deficientes que,com muito esforço,sobrevivem,tentando integrarem-se o melhor possível na sociedade,na esperança de serem reconhecidos e apoiados pelo Estado e por ela.Muitos deles são activos e intervenientes e,graças á sua acção,procuram que o seu presente e o futuro sejam passados com algema dignidade.

"O que é que interessa debater e resolver depois de uma guerra? Não será minimizar os danos e os traumas sofridos,tanto os de ordem material como os de ordem afectiva,psicológica,moral,social e,até,de cidadania?Nenhuma sociedade viverá em paz consigo mesma se não entender,profundamente,esta realidade!Não é enterrando a cabeça na areia,como faz a avestruz,fazendo de conta que o que aconteceu nada tem a ver consigo que os problemas são resolvidos..."

E o Estado português,representado pelos Órgãos de Soberania,órgãos estes titulados por cidadãos eleitos pela referida sociedade,o que têm feito?Mais de trinta anos decorridos desde o fim da guerra(colonial,do ultramar ou de libertação,como queiram),os ex-combatentes lamentam,diariamente,o divórcio do Estado,relativamente ás consequências danosas,de vária ordem,a que foram sujeitos e estão sofrendo na pele,por terem sido OBRIGADOS a combater em territórios que,na altura,os responsáveis por este Estado,entenderam classificá-los como "Províncias Ultramarinas"e,consequentemente,fazendo parte do espaço português!!!
A guerra nunca será esquecida,pelo menos por aqueles que a protagonizaram ou por os que,para ela,foram empurrados.Seria bom que os tais cidadãos,eleitos democraticamente,representantes dos Órgãos de Soberania não agissem com hipocrisia,isto é,reconhecessem o esforço,o sacrifício,a privação,o medo,a dor,a doença,a deficiência,a morte,a perda de empregos,o atraso ou a interrupção dos estudos,enfim,uma panóplia de prejuízos de valor incalculável,e reconhecessem em Lei,perante a sociedade que representam - antes que os ex-combatentes morram - que é necessário eliminar,de uma vez por todas,estas nódoas da guerra,que teimam em eternizar-se...
Se tal não for feito,os ex-combatentes morrerão com a magoa de terem combatido,em vão,sem o reconhecimento devido,do Estado,a quem serviram.Mas os políticos,titulares dos Órgãos de Soberania,eleitos pela sociedade de que os ex-combatentes são parte integrante,jamais repousarão em paz e serão,sempre,considerados,mesmo pelas gerações vindouras,como políticos incultos,insensíveis,autistas e hipócritas.
Em conclusão:como ex-combatente,não me revejo nesta forma de fazer politica.Desejo que fique claro que os políticos a que me refiro são todos os que Portugal,infelizmente,teve depois da instauração da democracia"
sistema politico em que a autoridade emana do conjunto dos cidadãos,baseando-se nos princípios de igualdade e liberdade".
Sou democrata e não sou possuído por nenhum sentimento passadista ou saudosista.Mas fico indignado e triste por assistir a tanta indiferença e insensibilidade...

Cumprimentos a todos.
Inácio Silva

HOMENAGEM Á DO 27.

30-Mensagem do Augusto Ferreira
Melec/Av/Inst.
3ª/69


Amigo Victor Barata.
Venho hoje á LINHA DA FRENTE,prestar homenagem,a um grande companheiro nosso,durante as guerras de África,por vezes em momentos difíceis e do qual quase nem reparámos,bastas vezes,que também lá estava.
Trata-se do
DO 27!


Este pequeno grande avião,sem grandes recursos técnicos,com o básico para o voo diurno,foi nosso parceiro em grande número de missões,levando-nos e trazendo-nos dos locais mais incríveis.
Pouco exigente,descolando e aterrando aonde fosse preciso,chegou a fazê-lo sobre restolho de capim e pistas improvisadas.
A imagem que nos transmitia o seu trem fixo,era a de quem pareceis estar sempre de mangas arregaçadas,para o que fosse preciso.
Com o motor a trabalhar,mesmo ali á frente do nariz,sem qualquer isolamento sonoro,com o cheiro quente do motor a invadir o cokpit,lá íamos com ele.Para quem viajou longas horas neste avião,sente saudades.
Cheguei até a passar pelas brasas,ao lado do piloto,em saídas que fazíamos depois de almoço e atingiam as 2 h de voo.
Para nós Melec´s,dava-nos um bocadito de trabalho.Era a "calagem dos magnetos",que de vez em quando era necessária as revisões.As baterias,que por ausência de PutPut nos Am´s,tinham que ser substituídas de vez em quando.

Esta foto no AB 7 - Tete,quando efectuávamos a respectiva "calagem".Infelizmente,não me recordo dos nomes dos meus camaradas.


Além das missões de evacuação de feridos,(por vezes com o sôro pendurado no tecto do avião),transporte de materiais e pessoal,ainda chegou a ser equipado com metralhadoras,no espaço por trás do piloto e com ninho de rochets nas asas.
Chegámos a transportar nele,soldados mortos em combate,embrulhados em oleados camuflados do Exército os não transportassem por terra,atendendo aos perigos que isso podia acarretar.
Mas também transportou alegria!
Para os nossos companheiros do Exército,que estavam no destacamento de Cantina de Oliveira,quando lá chegávamos com o DO 27,(que era de tempos a tempos),matava-se uma cabra para festejar e a única coisa que nos pediam para lhes levar,quando lá voltássemos,era umas cervejas e papel higiénico,reparem só.
Quando estivemos na Beira em 73/74,com os T6-G e também com o DO 27,ele também foi utilizado,ao final da tarde,para o lançamento de paraquedistas á vertical da cidade.Algumas vezes também com as filhas do EngºJardim que praticavam a modalidade.





Esta foto reporta-se ao tempo que estivemos na BA 10,da esq./dirª.Eu(Augusto),Cipriano,(?),
Matra(sentado)e(?).



Daí ele merece,com tada a justiça,o devido destaque que lhe deste,ao colocá-lo na montra do nosso blogue.
BEM HAJA DO 27.

Um grande abraço para ti e para todos os ZÉS ESPECIAIS da nossa linha da frente.
Até breve.

Augusto Ferreira.

MAEQ.À Vista!!!!



29 - Mensagem do Emanuel Almeida
MAEQ 3ª/70



Olá Amigo Victor Barata.
Chamo-me Emanuel Graça Franco Almeida,sou da 3ª/70, 4ªSecção
(Coca-Colas)incorporados em Angola em Agosto de 1970.
Cheguei á Guiné como Fur.Mil.MAEQ.,e ainda lá,fui promovido a 2ºSarg.MARME a prestar serviço na Fotografia Aérea,na altura sob o comando do Cor.Vazquez,sendo a secção da responsabilidade do Cap.Cifuentes.Lembram-se? Estive anteriormente na linha da frente dos Fiat´s e depois na manutenção. Faltam-me nomes,enfim...PDI!
Vi aqui uma foto com a malta conhecida que não me recordo dos nomes. Sai de Bissalanca a 19 de Setembro de 1974,fui para o AB1.
Gostva de ver mais pessoal,ou ainda poder ser informado de eventos que possam juntar companheiros desse tempo.
Um abraço com consideração
Emanuel Almeida

VB: Sejas bem vindo á nossa/tua LINHA DA FRENTE.Sobre eventos,todos os anos no último sábado de Maio,realiza-se um almoço do pessoal da BA 12 e outros ZÉS ESPECIAIS,o próximo ano será na Marinha Grande.Em relação aos encontrares companheiros que deixas-te de ter contacto,aconselho-te a continuares a utilizar este espaço.
Saudações ESPECIAIS!

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Boinas Verdes Os soldados sempre tiveram voz!






28-Joaquim Faria
Paraquedista


Titulo:Boinas Verdes
Autor:Joaquim Jesus Faria

Biografia do Autor

Joaquim Faria,nascido a 4 de Maio de 1946
na freguesia de Ventosa,Alenquer.
Concluiu os seus estudos na Escola Comercial de
Torres Vedras.
Em 1964,ingressou no Corpo de Tropas Para- quedistas.
Actualmente vive em Arruda dos Vinhos.


Nota do Autor:
Como soldado Pára-quedista participei na Guerra Colonial em Angola e Moçambique.Nela,vivi cenas dramáticas e momentos de muita alegria.
Foi lá que aprendi a amar estes povos e estes países.
Apesar de alguns acontecimentos e nomes serem fruto da minha imaginação,resolvi neste livro,mostrar a vivência dos Pára-quedistas dos anos 60 e o muito orgulho que cada um sentia em fazer parte deste corpo de elite militar.
OS SOLDADOS SEMPRE TIVERAM VOZ
Este orgulho e sentimento de liberdade,foi transmitido a todos os que usaram ou usam a Boina Verde.
E assim,através de cinco décadas,cresceram e se tornaram na família mais unida de Portugal.
Joaquim Faria

VB. Apesar da empatia demonstrada por este nosso companheiro no seu livro para com os Especialistas da Força Aérea,não queremos deixar de anunciar a sua obra e desejar-lhe grande sucesso.Ao mesmo tempo lembrar-lhe que os " COPOS DE LEITE"(a sua definição no livro para os Especialistas da BA 9)tinham a sua função na Guerra tal como os Pára e outra forças militarizadas tinham as suas,uma delas foi muitas vezes acudir a quem não "bebia leite"mas constantemente"ÁLCOOL EM EXCESSO". O respeito é bonito e fica bem,mas á pessoas que...não beberam leite!




















quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Documentos Históricos.

27-Mensagem do Augusto Ferreira
Melec

Desta vez com documentos verdadeiramente históricos!
São impressos simples,mas que marcaram determinada época da nossa presença nesta parte de África.













Estes folhetos eram lançados de avião sobre as populações,numa acção de contra guerrilha.Tinham como finalidade,convencê-los a não apoiarem os guerrilheiros da Frelimo,entregando-se ás autoridades locais,aonde seriam reinstalados em novos aldeamentos.
Como se pode ver,a frente ia em português e o verso no dialecto local.
É evidente,que as populações não poderiam ser neutras,senão cairia sobre elas a suspeita de estarem de um lado ou de outro,com todos os inconvenientes dai resultantes.
Eram os Dakotas,que habitualmente efectuavam estas missões,mas o DO 27 (esse grande avião que estava em todas)também o chegou a fazer.
Amigo Victor,por hoje fico por aqui,voltarei em breve.
Um grande abraço para ti e para todos os Especialistas da LINHA DA FRENTE.
Augusto Ferreira




quarta-feira, 10 de outubro de 2007

O Almoço da 3ª/69!

Bom-Dia,grandes companheiros!



Quero desde já apresentar as minhas desculpas pela minha ausência neste espaço,mas a falta de tempo disponível tem sido o grande responsável.
Bom,hoje obriguei-me a mim próprio tirar os minutos para falar do "Almoço da Recruta da 3ª/69 e Outros",pois será este o titulo a atribuir ao evento,visto ser organizado pelo pessoal dessa incorporação sempre com o intuito de rever estes e "outros" Zés que se queiram associar a nós.Posso desde já adiantar que o próximo almoço(2º) será em Évora no 1ºSábado de Outubro de 2008 e será organizado pelo Reia,(agora disse bem)Fanica,Serodio e Bastias.

O dia 6 foi realmente marcante,não éramos muitos,mas os que estiveram presentes já se não viam há muitos anos.O Chitas,depois do serviço militar,nunca mais tinha estado com a malta!
O Reia,Fanica,Torrão,nunca mais tinha estado com eles,desde 1971,são momentos marcantes na vida de pessoas em que a nossa juventude foi gozada na...GUERRA!

O Augusto,Pedro Garcia,João Sousa,companheiros com quem tenho mantido uma maior
assiduidade desde que nos encontramos,e conhecemos,na BA 5,Monte Real quando do almoço anual e mais tarde em minha casa.
Os nossos "MORE's",Fernandes e Pelicano(que qualidade de vida...)sempre aqueles companheirões de farras antigas,especialmente o segundo,o outro lembro-me assim superficialmente,não era da minha secção.
Por último,e como estes são sempre os primeiros,o José Ribeiro!

Não conhecia,a nossa ligação era através da Internet, ou no site da AEFA,NANAMUE ou o nosso Blog.
Um verdadeiro ZÉ! Que grande companheiro!Fiquei muito satisfeito com o seu dialogo comigo recordando-me a sua passagem pela Guiné onde verifiquei que,em relação ao meu tempo naquela província,ele passou um pouco pior.Obrigado José Ribeiro pela tua excelente companhia e ambiente que nos proporcionas-te,continua connosco que nós estamos contigo.
A seguir,algumas fotos do evento:



Estávamos com medo de não haver telefones nesta zona e levamos os nosso OPC's
João Sousa,José Ribeiro e o Pedro Garcia

O nosso enólogo,João Sousa, demonstrando as suas qualidades...também deita bem para cima!...



Eis o momento em que nos preparávamos para dar inicio ás actividades gastronómicas,tão bem
confeccionadas e servidas pelo Restaurante Carloto:O Pedro Garcia,á esqª,á dirªeu,
Victor Barata,José Ribeiro,José Torrão,Bastias,Fanica,Reia e esposa.



Aqui já só se olhava para os pratos,reparem bem!
Uma palavra para estes dois elementos,esqª/dirª que nos aparecem em 1ºPlano.
São Especialistas/Condutores de "Altas Cargas".Atendendo ao peso e valor dessas cargas,as senhoras que se encontram a seu lado são as "seguranças"




Eis o momento menos desejado,a despedida!!!
Da Dirª/Esq.Chitas,Reia,Bastias,Augusto,Pelicano,Fanica,Serôdio,Barata e Fernandes.
Assim passamos este maravilhoso dia,éramos poucos,não porque o esforço e motivação da parte da organização não fosse o maior,mas realmente foi muito em cima da hora e,sei que muitos companheiros ficaram marcados pela tristeza própria destas ocasiões ,mas o fim de semana também era propicio a uma saída,eram 3 dias.
Por outro lado,e com bastante magoa o digo,houve os que me disseram, directamente,que isto não lhes dizia nada,o tempo de tropa já tinha passado!Enfim,temos o direito de pensar e agir como queremos,somos autónomos de nós próprios,como tal temos que saber respeitá-los.
Eles têm que saber respeitar os nossos sentimentos e como tal dizemos-lhes que nos iremos lembrar deles SEMPRE nos nossos encontras!
Saudações ESPECIAIS!
Victor Barata.







sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Recordar a BA12...que saudades!...

26-Mensagem do Joaquim Silva





Vista Aérea da Base Aérea nº12 em 1969



Vista Aérea da Base Aérea nº12 em 2007



Companheiro,as duas últimas mensagens colocadas pelo Abílio Ferreira e pelo Condeço, fizeram-me recuar,de novo,aqueles anos de 72/74 com muita saudade.
O facto de Abílio se ter lembrado de ir pesquisar no Google Heart o local onde nós passamos dois longos anos da nossa vida,levou-me,também,a procurar esse programa e fazer uma busca á zona de Bissalanca com mais pormenor.
Fiquei deveras espantado,pois aquilo está cheinho de casas,pelo menos parecem telhados normais sem serem de palha como as tabancas...e lá a estrada que liga a zona do aeroporto á cidade é que parece em melhores condições que naquela altura,o hospital,etc...
Era em Safim que nós íamos apanhar umas valentes "bezanas",camarões,travessas de ostras e aquele frango assado acompanhado por um molho picante que até os olhos saltavam das órbitas e,claro,o único extintor possível para apagar todo aquele fogo,eram as fresquinhas...Depois podemos "visitar"os locais onde vivemos com aquele pormenor...os quartos onde dormíamos,a parada,o local de trabalho,as massas,a porta de armas,bom,não dá para explicar...Pareceu-me que não existe separação entre a base e o que eram as instalações do BCP(Batalhão de Caçadores Paraquedistas)...Dantes existia uma rede,que facilmente se transpunha para ir ao cinema entre outras coisas...Grande ideia que o Abílio teve...!A mensagem do Condeço tocou-me porque eu conheci-o,ele não se deve lembrar de mim porque eu estava no BCP mas,eu lembro-me dele até porque,tinha dois amigos Furriéis MMT,o Ferreira e o Z´David e convivíamos.Além disso tínhamos aqueles encontros no clube de sargentos,em Bissau,ao final da tarde e pela noite fora que eram uma delicia...Muito raramente esqueço uma cara e quando se trata de um ex-companheiro da FAP,então fica gravada para toda a vida.
Todos os dias faço uma visita ao Blog para ver o que há de novo e á espera de encontrar novas mensagens e fotos dos nossos Zés...

Grande abraço para todos.


Joaquim 06

Adevinhem quem chegou?!...O LANCEIRO!!!

25-Mensagem do Manuel José Lanceiro
MMA 3ª/69
"CANIBAIS"


Da Esq./Dirª Gomes,Franco Ferreira,Rui Custódio e eu,Manuel Lanceiro

Amigo Barata,cá estou a participar.
Apesar de ser da 3ª/69,fui parar à Guiné já com três anos de Força Aérea.Cheguei a 14 de Outubro de 1972,um sábado(que porra de dia para chegar à guerra),juntamente com o Eduardo,Teixeira,Rei e o "velhinho"José Luís Antunes,mais conhecido pelo "Tónio",entre outros.
Mal tinha desembarcado e ainda à espera das malas,apareceu-me um Zé,pequenino,louro,bigode,dentro de um fato de voo enorme para o tamanho dele,absolutamente doido aos saltos e a dizer,sou o Cunca e tu és o meu "pira"*,venho-te ajudar a levar as tuas coisas.Chegaram as malas e lá fomos nós para a Base.
É fácil,para quem lá esteve,a adivinhar o que aconteceu,a bebedeira foi tão grande que nessa noite dormimos os dois sentados na cama dele,pois eu tinha-me esquecido de arranjar uma.
Eu e o Teixeira,já tínhamos o destino traçado,linha da frente dos Alloute III,o Serra foi para a manutenção,o Rui foi para o Gabinete do Ten.Glória e o Antunes(Tóino)foi para a linha das DO 27.
Nas duas semanas seguintes,eu e o Cunca fomos inseparáveis,até porque ,ele para se vir embora tinha que me largar.Todo o Whisky que o Cunca tinha guardado para trazer,foi bebido até à última gota da última garrafa.
Nestas duas semanas o Cunca preparou-me para o que me esperava e regressou à sua casa.
Nessa manhã,a bebedeira era maior que ele!Todos os anos,no nosso almoço de Pessoal da BA 12,tenho o prazer de estar com ele e de bebermos um copo.
E foi assim o inicio da minha "AVENTURA GUINÉ 72/74".

FORAM:

-22 Meses do melhor da minha mocidade.
-Muitos amigos.
-Muitos copos.
-Muitos bons bocados.
-Muitos sustos.
-Grande privilégio de fazer parte da família "ZÉ ESPECIALISTA"
-Muita honra de pertencer à Esquadra 122
-Um orgulho enorme de ser da linha frente dos "Canibais"


Um abraço.
Lanceiro

*
PIRA Alcunho dado aos recém chegados à Guiné.

VB- Obrigado Lanceiro por esta bonita mensagem que nos enviaste,só podia ser tua,és,como sempre o foste,(e não precisas de o dizer),um VERDADEIRO ZÉ ESPECIAL.

À Atenção do 1531/69...Encontrei o teu"PAI"militar!









24-Mensagem do Fernando C.Branco
MMT 2ª/69


Ao lado o Cartão de Identidade da BA 2
(Recruta)










Amigo Victor,reencontrei o Malheiro, "PAI" do 1531/69,Arménio Correia de Oliveira Pinho!
Tive muito gosto em voltar a encontrá-lo,por várias motivos;primeiro porque somos vizinhos,em termos de naturalidade,ele é de Resende-Lamego e eu de Vila Real;depois porque quando fui para a Ota não conhecia ninguém e começamos a nos aproximarmos com aquela curiosidade natural da situação,(era fácil nos darmos ao conhecimento e criarmos Amizades).
Como as economias eram muito baixas da minha parte e dele,(mesmo sendo "afilhado"do Sr.Major Noronha)não ia a casa,porque com todos os reforços que o referido "Padrinho" lhe perdoava,o débito era sempre superior.Era um menino que se dava ao luxo de,para não ser "incomodado" pelo SargºDia,colocava uma placa em cartão aos pés da cama com o seu nº!
Assim sendo,passamos muitos fins de semana juntos,era um companheiro inseparável,muitas vazes depois de termos jantado(isto geralmente ao sábado),íamos para a recta na estrada para apanhar uma boleia para Lisboa com a intenção de passarmos umas horas no antigo Aeroporto da Portela(1969),a ver chegar e partir os aviões,porque,para além de sermos MMT,ele aluno e eu "aspirante a",gostávamos muito de olhar para eles.Depois,já a altas horas,havia o regresso que ás vezes se tornava complicado,pois chegávamos a ver nascer o Sol!
Entretanto,ele,quando jurei bandeira,terminou a Especialidade e ainda ficamos juntos porque ele foi colocado na ETA-OTA,mas depois o dito "muito conhecido" MALHEIRO",foi nomeado para a 3ªRegião Aérea (suponho que em fins de 1969),separamo-nos para nos tornarmos a encontrar em 1972 em Vila Franca de Xira,estando eu de partida para Moçambique.Nunca mais soube nada dele até á uns dias atrás quando o localizei através da NET.Sei que está no Cartaxo a viver,mas para minha grande "mágoa"não me pode fazer uma visita porque tem problemas cardíacos e não pode voar... Espero,antes de vos deixar,visitá-lo,mas a Deus pertence o nosso Destino.Portanto AMIGO 1531/69,não "ÉS FILHO DE PAI INCÓGNITO NA TROPA",como Amigo,tiveste um bom pai,só com a diferença que dormia e não se passava nada com ele...era do género, do que pude ver em quanto recruta,eram os livros que o levavam para o GITE...!

Um abraço e lembrar faz parte da nossa existência
Fernando Castelo Branco

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

A Base Aérea 12 Actual!

23-Mensagem do Abilio Ferreira


Companheiro Victor Barata:
Hoje,consegui ter acesso através do Google Earth à nossa antiga BA 12 de forma mais perceptível,uma vez que até há pouco tempo não era possível ampliar de forma a vermos as antigas instalações.
Há pouco mais de meia hora consegui ver instalações,das quais destaco o velho cinema como ponto de referência.
A parte na nova gare civil,essa já não é do nosso tempo.De qualquer forma ainda vemos o refeitório,o clube e hangar.A igreja e deposito da água,parece terem sido demolidos.
Dá uma vista de olhos e alerta o restante pessoal.
Vale a pena.
Um grande abraço.
Cumprimentos ESPECIAIS

Abílio Ferreira




Quem EU era!

22-Mensagem do Amilcar Condeço
MMT 1ª/69

Recruta 1ª/69 2ª Esquadrilha 1ª Secção
Juramento de Bandeira 1ª/69

Render da Parada na Base Aérea nº 12


Para a foto na bolanha


Caro Amigo é com prazer que te envio algumas fotos e algumas dicas.
Lamento não ter sido mais explicito mas a alegria com que vi este blog deixou-me eufórico a ponto de esquecer esses pormenores.
Fui informado da sua existência pelo Correia ex-2ºSargºMMA que esteve comigo desde a recruta,e que mora bem perto de mim e com o qual me encontro muitas vezes.
Pois aqui vai quem sou(era)eu.
Amílcar Condeço 1ª/69 (252/69),finda a recruta e o curso de MMT,fui colocado em Sintra donde segui em Agosto/70 como voluntário para a minha 1ªcomissão em Moçambique(Nacala e Mueda)vim posteriormente ao curso de Sargentos em Fevº/71 segui em Set/71 para a BA 4,em Jul/72 fui para a BA 12 donde fui mandado embora pelo então 2º Comandante Lemos Ferreira em Set/74,pois não podia estar lá mais tempo,vim com guia de marcha para a DPS(Direcção de Serviço de Pessoal) onde me deram bilhete para o RCP(Regimento de Caçadores Paraquedistas)em Tancos.
Após o 11 de Março de 1975 pedi transferência para Sintra (BA1)onde acabei os meus dias de militar com grande mágoa minha.Mas isso é outra história.
Quanto á nossa Guiné,foram 25 meses de Base Aérea 12 com altos e baixos como todos nós,mas que recordo com muita saudade pois foi o melhor tempo em 8 anos e tal de Força Aérea.
Uma passagem que eu gostava de salientar(NÃO QUERENDO ESQUECER NINGUÉM,MAS NOMES FORAM EMBORA DA MINHA CABEÇA)em dada altura e estando de MMT/dia,fui chamado pelos bombeiros para fornecer uma viatura para fazer ronda à pista,pois tinha sido avistado pela torre de controle uma coisa estranha na pista.Arranquei com o jeep Wills destinado ao mecânico de dia e após o encontro com o pessoal de serviço aos bombeiros,lá fomos direito ás pistas com a respectiva autorização da torre.A meio da pista principal avistamos uma cobra com cerca de dois metros,resolvemos passar-lhe por cima com o rodado de jeep pensando nós que ela morria,mas não, a dita depois de levar com o peso todo, virou-se,e tentou atacar-nos, o que não ganhamos para o susto.
Só depois de contactado o Oficial de Dia,fomos autorizados a matá-la com alguns disparos de G3,mas mesmo assim,foi com grande dificuldade que morreu.
Gostaria de me lembrar de alguns dos intervenientes mas não tenho na memória nomes.
Para terminar deixo aqui uma mensagem de pesar pelos companheiros desaparecidos,desde o mais alto posto ao mais baixo,não sem realçar a enfermeira paraquedista,Fur.Celeste,que morreu na placa apanhada pela hélice da DO 27.
Amigo Barata,lamento não me poder deslocar até ao Almoço no Carloto mas oportunidades não devem faltar e faço votos que este episódio lembre os bons momentos que penso todos nós passamos por terras de África.
Com um abraço sincero de muitos parabéns por esta iniciativa
Amílcar Condeço

VB. Amilcar,a tua mensagem deixou marca no seio desta nossa LINHA DA FRENTE pela positiva,és um VERDADEIRO ZÉ,homem de grandes sentimentos.Quero desde já dizer-te que vais estar no almoço de Leiria.estamos sempre todos juntos,os que vão,os que não podem ir e...
aqueles que já nos deixaram.

A Ementa do Almoço.

3ª/69 1ª Esquadrilha 5ª Secção

Companheiros,estamos quase a sentarmo-nos á mesa em Leiria,no Carloto,dia 6.10,ás 12:30H.Para alguns vai ser um encontro recente,mas para outros o encontro de 38 Anos...trinta e oito anos depois! A estes peço que reforcem as suas baterias,por causa das emoções,é que vamo-nos encontrar noutra "juventude".
Agora em relação á ementa,pede o responsável pelo restaurante o seguinte:

Os pratos de carne grelhados,entremeadas,entrecosto, morcelas,etc não há problemas,mas quem optar por peixe grelhado convinha informar a preferência para poder reservar. Têm Corvina,Lulas,Chocos,Salmão,Carapaus,Sardinhas,Sargos,Bacalhau,chega?

Os vinhos não precisa porque julgo que é preciso é ter cuidado.
Ficamos á espera das vossas sugestões e preferências.
Saudações ESPECIAIS!


A Comissão